Um falso médico que atuou de forma ilegal por três anos no município de Ourilândia do Norte, sul do Pará, foi preso pela polícia civil, em Macapá, após denúncia do Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP).
O falso médico foi designado para Ourilândia do Norte por meio do programa “Mais Médicos para o Brasil”, do governo Federal. ele atuou de forma ilegal por três anos (2017, 2018 e 2019) no município de Ourilândia do Norte, sul do Pará, já tinha passagem pela polícia.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta quinta-feira, 8, na sede do CRM-AP, quando ele iria retirar a carteira de médico após decisão judicial.
Ele foi inscrito por determinação judicial no dia 22 de junho deste ano, por meio de uma liminar que determinou a inscrição provisória nos quadros do CRM-AP no prazo de dez dias, sem a necessidade de submissão Revalida, enquanto perdurar a pandemia de Covid-19.
O falso médico, que é brasileiro, natural de Marabá-PA, apresentou na secretaria do CRM-AP declaração de registro único de médico intercambista no Projeto Mais Médicos Para o Brasil, informando que ele foi participante na função de médico por três anos a contar de novembro de 2017, no município de Ourilândia do Norte, no Pará.
Apesar da liminar e do documento do Ministério da Saúde apresentados ao Conselho, a autarquia entrou em contato com a Universidad Nacional Ecológica, localizada na Bolívia, que informou por meio de e-mail que o diploma não é verdadeiro. O documento enviado pela instituição informou que o falso médico iniciou a graduação em Medicina, mas não concluiu o curso .
O CRM-AP fez a representação policial, para apurar o exercício ilegal da medicina, utilização de documento falso e outros crimes conexos ao fato delituoso denunciado. Ele foi preso pela Polícia Civil em flagrante, nesta quinta-feira, 08/07, na sede da autarquia quando receberia a carteira de médico .A Justiça já foi comunicada, para que seja revogada liminar concedida e assim tornado sem efeito o registro concedido por ordem judicial.
Preso no Pará
Ele chegou a ser preso preventivamente em 2014, no interior do Pará, também após usar documentos falsos para atuar nessa profissão, inclusive usando registro profissional de um outro médico de Mato Grosso do Sul.
Um inquérito policial também foi aberto contra ele no mesmo município, em Abel Figueiredo, pela acusação de ser o responsável pela morte de um bebê durante um procedimento de parto no mesmo ano.
Redação Portal Fato Regional, com informações do CRM-AP e G1 AP