sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Reverendo chora e afirma à CPI: ‘Tenho culpa’

Amilton Gomes de Paula disse que seu ato não agradou a Deus
Amilton de Paula chora e diz: "Queria vacinas para o Brasil" (Leopoldo Silva/Agência Senado

A CPI da Covid, em sua reabertura, nesta terça-feira, 3, teve uma situação diferente. O reverendo Amilton Gomes de Paula, que falava ao Senado sobre a suposta intermediação de compra de vacinas superfaturadas, chorou, e assumiu culpa por “ter estado nessa alteração das vacinas”. As informações foram divulgadas pelo UOL e Agência Estado.

Amilton disse que queria “vacinas para o Brasil”, motivado pela morte de um conhecido devido à covid. O reverendo depõe na CPI por ser suspeito de intermediar suposta venda superfaturada da AstraZeneca ao Ministério da Saúde sem a autorização da farmacêutica.

“No momento que eu estava enfrentando a perda de um ente querido, queria vacinas para o Brasil. Eu tenho culpa sim. Hoje de madrugada dobrei os meus joelhos, orei e peço desculpas ao Brasil, o que eu cometi não agradou primeiramente aos olhos de Deus”, disse Amilton.

Diante das lágrimas do depoente, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), perguntou ao reverendo: “Chorou e se arrependeu do quê?” Segundo Gomes de Paula, de “ter estado nessa alteração das vacinas”.

“Facilitador”

Amilton admitiu ter participado da campanha de Bolsonaro à presidência, mas negou encontro com o chefe do Executivo. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), também não comprou a versão de pastor sobre sua falta de proximidade com o governo, classificando sua resposta como “inacreditável”. “Me desculpe reverendo, mas não dá para acreditar nisso. é muito furada essa história.”


Durante sua fala de abertura, Amilton negou que tenha negociado vacinas, mas se apresentou apenas como um facilitador. O pastor também foi questionado por senadores por que intermediou a oferta de vacinas para o Ministério da Saúde e foi recebido três vezes na sede da pasta, apesar de movimentos contrários do governo federal em relação à imunização da população.

 

Fonte: O Liberal