O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, na terça-feira (9), que a única alternativa à disposição é se unir ao Centrão. Segundo ele, o acordo com o Partido Liberal (PL) está “está 99% fechado”.
“O pessoal critica: ‘ah, o cara está conversando com o Centrão’. Quer que eu converse com o PSOL, com o PCdoB, que não é Centrão?”, afirmou o presidente ao Jornal da Cidade.
“Se você tirar o Centrão, tem a esquerda. Para onde é que eu vou? Tem que ter um partido, se eu quiser disputar as eleições do ano que vem.”
Bolsonaro também relembrou que, antes do PSL — legenda pela qual se elegeu presidente –, foi filiado a outros partidos do Centrão por mais de 20 anos. A legenda em que o presidente permaneceu por mais tempo foi o PP.
Chegada conturbada
No próximo dia 17, os dirigentes do PL se reunirão para confirmar a filiação de Bolsonaro. A cerimônia está prevista para acontecer no dia 22, em Brasília.
A chegada do presidente, porém, não é bem vista por todos os integrantes do PL. Em entrevista à CNN, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara, se mostrou incomodado com a possibilidade de fazer parte da mesma legenda que o presidente – sem partido desde novembro de 2019, quando deixou o Partido Social Liberal (PSL).
“Deixei claro que não existia nenhuma possibilidade de eu estar no palanque do presidente Bolsonaro. Não só eu, mas outros deputados do partido [também] não têm nenhuma condição política de estar no mesmo palanque”, explicou.
Fonte: CNN Brasil