quinta-feira, 19 de setembro de 2024

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Após ser sorteado relator, Lewandowski nega pedido de liberdade de João de Deus

Médium está preso desde 16 de dezembro e é acusado de abuso sexual, o que ele nega. Fux e Gilmar Mendes se declararam suspeitos de julgar o caso alegando razão de 'foro íntimo'.

O ministro Ricardo Lewandowski negou nesta sexta-feira (1º) o pedido de liberdade apresentado pelo médium João de Deus ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele negou o pedido após ser sorteado relator do caso.

Lewandowski também decidiu pedir informações sobre a movimentação financeira do médium ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Réu na Justiça por abusos sexuais, João de Deus está preso desde 16 de dezembro e nega ter cometido os crimes.

Relator do caso, Lewandowski foi o terceiro ministro a receber o processo. Isso porque os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes se declararam suspeitos de julgar o pedido por razão de “foro íntimo”.

A suspeição é prevista em lei para situações em que o juiz não se sente confortável para julgar algum tema por razões pessoais, mas ele não precisa explicar a motivação. Já o impedimento tem motivação definida, como nos casos de já ter julgado o mesmo processo em outros tribunais, por exemplo.

O que diz a defesa

No pedido de liberdade, a defesa de João de Deus alegava que a conduta atribuída ao médium tem mais de dois anos, e, portanto, não há motivo que justifique prisão preventiva.

Os advogados pedem ainda que o STF, caso não libere, conceda prisão domiciliar porque João de Deus tem 77 anos e poderia ser monitorado com tornozeleira eletrônica.

Definição sobre relator

Durante o recesso do STF, em janeiro, a defesa de João de Deus desistiu de pedido de liberdade feito logo após a prisão do médium.

No último dia 15 de fevereiro, um novo pedido foi apresentado e enviado para o ministro Gilmar Mendes, que havia sido sorteado relator do primeiro pedido.

Na última quinta (21), Gilmar se declarou suspeito de analisar o caso por questões pessoais.

Nesta quinta (28), Fux também preferiu não analisar por motivos íntimos e pediu que a presidência do tribunal definisse o relator.

Fonte: G1