Na tarde desta segunda-feira, 7, às 15h, no horário de Brasília, uma aeronave da FAB disponibilizada pelo Governo Federal vai realizar o resgate de cidadãos que deixaram a Ucrânia após a invasão da Rússia. De acordo com o coordenador da força-tarefa de resgate e repatriação do Itamaraty na guerra da Ucrânia, ministro Unaldo Eugênio Vieira de Sousa, até o último domingo, 6, foi confirmado o transporte de 64 cidadãos, visto que a aeronave utilizada, a multimissão KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB), tem capacidade para até 72 passageiros.
O diplomata explica que “O voo de repatriação previsto para quarta-feira já tem 64 confirmados, sendo 47 brasileiros e 17 cidadãos ucranianos com laços de família. Além desses, outros virão de países circundantes por contra própria para juntar-se no embarque para o voo” e destaca que esses números podem ser atualizados a qualquer momento. Ele cita que a aeronave sairá de Brasília tendo como destino a capital da Polônia, Varsóvia, ponto de chegada de grande parte dos refugiados.
Ao todo, cerca de 150 deixaram a Ucrânia e outros 22 não conseguiram, embora tenham interesse de sair do país. Além disso, na viagem de ida, os militares brasileiros levarão o equivalente a 11,6 toneladas de mantimentos para ajuda humanitária, que envolve alimentos, medicamentos, equipamentos de saúde e para energia, além de purificadores de água. Os donativos em questão foram recolhidos sob coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exterior.
O retorno da aeronave com os brasileiros resgatados está previsto para esta quinta-feira, 10. Porém, além do resgate de brasileiros, o Governo Federal publicou na semana passada uma portaria que concede visto humanitário para ucranianos que tenham interesse em vir para o Brasil por causa da guerra. O texto publicado no Diário Oficial da União autoriza permanência dos ucranianos e apátridas no Brasil por 180 dias e após este período, os imigrantes terão direito a residência temporária de dois anos e reivindicar residência permanente.
Com informações de O Globo