O objetivo era localizar documentos sigilosos e prontuários médicos furtados de uma unidade hospitalar na semana passada durante visita fiscalizatória por vereadores do município.
Entretanto, Leandro dos Santos Maramaldo, foi identificado como secretário parlamentar do deputado estadual e delegado da Polícia Federal Toni Cunha (PSC), como mostra o Portal da Transparência. Leandro foi preso em flagrante por tráfico de drogas, durante a operação, depois de ter sido flagrado com 670g de material entorpecente.
A ação policial foi iniciada por volta de 6h do dia 31. Durante as buscas nos dois endereços do assessor, também pré-candidato a deputado federal, Leandro Maramaldo, foram encontradas as drogas que o fizeram ser conduzido para a 15ª Seccional Urbana de Tucuruí.
A prisão em flagrante de Maramaldo foi convertida, posteriormente pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), em “prisão preventiva”. O pedido de liberdade provisória feito pela defesa do preso foi indeferido.
Em defesa do suspeito
Após a prisão do assessor parlamentar e candidato a deputado federal, Cunha aproveitou o espaço na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para repudiar a operação policial em Tucuruí, alegando que as drogas foram “plantadas” na casa do suspeito.
O Sindicato dos Delegados do Estado do Pará repudiou as falas do deputado e as classificou como “caluniosas”.
Associação emite nota
Em nota a Associação e Sindicato dos Delegados de Polícia do Pará declarou que “vem a público repudiar e demonstrar total estupefação e indignação entre as falas caluniosas proferidas em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, pelo Deputado Estadual Toni Cunha, que pasmem, é Delegado da Polícia Federal, acusando os policiais civis de Tucuruí de “plantarem” drogas na casa de um candidato a Deputado Federal, apoiado pelo nobre parlamentar, o qual foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas – O Ministério Público representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, bem como manifestou-se pelo indeferimento do pedido de liberdade provisória feito pela defesa , requerimentos ainda em análise pela justiça.”
“Na ausência de argumentos para defender o indefensável, o Deputado sem nenhum tipo de pudor, quer culpar o mensageiro pela mensagem: quando seus apoiadores são pegos em ações criminosas, a culpa é da polícia que o prendeu e não do criminoso que cometeu o crime-“o pau que dá em Francisco, não pode dar em Chico”.
Parabenizamos todos os policiais civis que participaram da missão que culminou com a prisão em flagrante de um traficante, bem como, repudiamos todas as ilações maledicentes proferidas pelo Deputado, que como, afirmamos acima, tenta criminalizar o trabalho eficiente da polícia, na ausência de qualquer defesa minimamente plausível de seus apaniguados.”
Com informações DOL Carajás