De acordo com as últimas pesquisas realizadas pelo Dieese no Pará, no mês passado (junho/2022), o custo da alimentação básica dos paraenses voltou a ficar mais caro. Além disso, também no mês passado, a cesta básica no Pará, calculada pelo órgão, custou R$ 632,26 comprometendo na sua aquisição mais da metade do atual salário mínimo de R$ 1.212,00.
Ainda conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, somente no mês passado, das 17 capitais pesquisadas, 9 apresentaram aumentos de preços e nas 8 restantes houveram quedas.
O levantamento de preços mostra ainda que a maioria dos preços dos produtos que fazem parte da cesta básica dos paraenses, comercializada em Belém, por exemplo, capita do estado, apresentaram aumentos, com destaque para o pão com alta de 10,29%, seguido do leite com alta de 7,07%; óleo de cozinha (soja) com alta de 6,73%; manteiga com alta de 5,38%; feijão com alta de 3,66%; café com alta de 3,30%; arroz com alta de 1,16%; açúcar com alta de 0,85%; banana com alta de 0,51%; carne bovina com alta de 0,18% e da farinha de mandioca com alta de 0,14%. Também em junho, apenas o tomate apresentou recuo de preço de 10,18%.
Segundo o Dieese, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.896,78 sendo necessários, portanto aproximadamente 1,56 salários mínimos (baseado no valor do atual salário mínimo) para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.
A pesquisa mostra ainda que, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 56,40% do atual salário mínimo, e teve que trabalhar 114 horas e 46 minutos das 220 horas previstas em Lei.