Autor da facada no presidente Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo de Oliveira, não deixa de representar perigo para a sociedade, de acordo com novo laudo pericial. O documento é resultado de uma perícia médica a qual Adélio foi submetido no final de Julho, no Presídio de Campo Grande (MS), onde está preso.
A perícia foi realizada por peritos da Justiça Federal e apontou que o quadro de insanidade apresentado por Adélio continua.
“Permanece com diagnóstico clínico de transtorno delirante persistente, com alucinações de cunho religioso, persecutório e político que se manifestam frequentemente”, detalha o documento.
O laudo relata que o quadro é agravado porque Adélio se recusa a receber medicação psicotrópica, recomendada para o tratamento da doença.
Os peritos concluíram que a periculosidade do preso persiste. Contudo, o documento cita que há possibilidade de cura da doença em caso de tratamento adequado. “Indicaram que o prazo necessário para medida de segurança seria de dois anos”, completa o laudo.
O documento ainda indica que a medida de segurança imposta a Adélio deveria ser cumprida em hospital psiquiátrico de custódia devido à recusa do preso em se submeter ao tratamento no presídio. “Pode levar ao agravamento do seu estado clínico, com a consequente impossibilidade de cessação de sua periculosidade”, acrescenta.
Contudo, a permanência dele no presídio de Campo Grande leva em consideração a própria segurança de Adélio, conforme também consta no laudo. De acordo com o documento, a integridade física do preso estaria prejudicada se ele fosse colocado fora do Sistema Penitenciário Federal.