O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi denunciado por um grupo composto por 131 delegados da Polícia Federal que apresentou uma notícia-crime no Ministério Público Federal (MPF) contra o ministro, e Fábio Alvarez Shor, delegado da Diretoria de Inteligência da PF.
De acordo com os delegados, há indícios que comprovam que houve abuso de autoridade na operação realizada contra empresários aliados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), acusados de defender um suposto golpe de Estado em um grupo de WhatsApp.
Segundo o site Metrópoles, o documento apresentado pelos delegados sustenta que os argumentos utilizados pelo ministro como justificativa de deflagrar a ação são “inacreditáveis”. Além disso, o texto também enfatiza que, para que ocorra um atentado contra o Estado Democrático de Direito, é necessário pressupor “violência ou grave ameaça (grifos), como prevê o artigo 359-M do Código Penal. Ora, inexistiu a violência! Quanto à grave ameaça, essa não saiu do campo da cogitação. Portanto, inexistente”.
Além disso, o documento argumenta que há “nítido caráter político-partidário” e também, a falta de imparcialidade nas decisões recentes do magistrado. Diante disso, os delegados solicitaram que a PGR “adote as providências cabíveis” e também pedem que a investigação contra os empresários seja anulada.