sexta-feira, 25 de outubro de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Mais de 66 mil casos de câncer de mama são estimados no Brasil em 2022, com 780 só no Pará

Foto: Divulgação/Agência Brasil

O câncer de mama, exceto os tumores de pele não melanoma, é a neoplasia mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil. No Pará, para o ano de 2022, são estimados 780 casos novos com uma taxa bruta estimada de 18,24 casos a cada 100 mil habitantes. Em âmbito nacional, há uma taxa estimada de 66,280 mil casos, com incidência de 43,74 casos a cada 100 mil mulheres. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).

As taxas de incidência e o número de novos casos estimados são importantes para se entender como o câncer de mama afeta a população brasileira e mundial. Esta neoplasia é uma doença rara em mulheres jovens e sua incidência aumenta com a idade a maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos. Os homens também desenvolvem câncer de mama, mas sabe-se que a incidência nesse grupo represente apenas 1% de todos os casos da doença.

A médica oncologista, Ana Paula Banhos, que faz parte do time Oncológica do Brasil, falou sobre a incidência do câncer de mama em mulheres mais jovens.

“Não existe um fator realmente definido do porquê que isso está acontecendo nas mulheres jovens, sabe-se que nelas há mutações que levam ao câncer, mas há um número maior relacionado às síndromes genéticas. É do nosso conhecimento também, baseado nos fatores de risco que levam ao câncer de mama, que pode estar relacionado a alterações como, por exemplo, os fatores de risco que podem ser evitáveis, como o estilo de vida, afinal, o estilo de vida hoje em dia das mulheres é muito estressante, são muitas cobranças, duplas jornadas, triplas jornadas e às vezes isso não permite uma qualidade de vida. Então, o câncer acaba sendo uma doença que é, apesar do fator genético, uma doença multifatorial, então pode ainda estar relacionada, por exemplo, aos hábitos alimentares, a dieta às vezes muito rica em gordura, pobre em fibras, sobrepeso, obesidade álcool, cigarro, isso tudo pode estar relacionado estresse também”, explica.

A médica cita ainda que, em caso de qualquer sintoma relacionado às mamas, é sempre necessário procurar um profissional da saúde.

“A paciente deve sempre procurar um médico anualmente para fazer seus exames preventivos, apesar do ministério da Saúde recomendar uma mamografia a partir dos 50 anos, sabe-se que, por exemplo, em outros países ela pode buscar mais precocemente essa ajuda e esses exames de diagnósticos. É preciso estar atenta aos sinais de anormalidade na mama, como a retração no mamilo, saída de líquido pelos mamilos, presença de caroços, nódulos, a pele da mama alterada, que a gente diz ficar parecido com uma casca da laranja, cheia de alterações. É preciso ter atenção”, explica.

Prevenção


A prevenção contra o câncer de mama pode iniciar através de pequenos hábitos, como praticar atividade física diariamente, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas, além disso, amamentar é também um fator protetor para as mulheres.

Sobre prevenção, a médica Ana Paula Banhos dá as dicas. “Para prevenir o câncer de mama as evidências que nós temos é a prática de exercício físico, 300 minutos por semana de uma atividade normal ou 150 minutos por semana de atividade moderada/alta intensidade não é uma meta tão difícil de atingir. Evitar o uso de bebida alcoólica, evitar álcool, realmente procurar uma vida mais saudável. Existe também uma relação com o uso de terapias hormonais, sobretudo combinadas com hormônios combinados, estrógeno, progesterona. Uso de anticoncepcional oral também tem uma relação com o câncer de mama, ele aumenta o câncer de mama, e, no caso, se houver outras formas de fazer, de anticoncepção que possa ser evitável uso do hormônio seria interessante. A exposição à radiação também pode influenciar, mas sabemos que têm coisas que não dá para evitar, como, por exemplo, estar acima de 50 anos, ter tido por exemplo uma menstruação precoce abaixo dos 12 anos e uma menopausa tardia acima dos 50 anos. Então vamos melhorar a qualidade de vida, manter-se saudável e evitar doenças”, afirma.