quarta-feira, 23 de outubro de 2024

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Casal com quatro filhos adota mais quatro sobrinhos após morte dos pais das crianças

Foto: Reprodução/Freepik

Em 2020, a vida de Zilda Rocha Batista mudou e ela viu a família aumentar. Até o começo do ano, moravam nas mesma casa: ela, o esposo e quatro filhos do casal. No entanto, uma tragédia familiar mudou tudo: a morte da cunhada e, dois meses depois, do irmão de Zilda. O casal que morreu deixou quatro filhos, com idades entre 5 e 10 anos.

Zilda afirma que não hesitou e imediatamente decidiu acolher os sobrinhos: “Eu tava com meus quatro filhos e, do dia para noite, chegaram mais quatro. Eu e meu esposo lutamos por eles. Estamos muito felizes, a casa cheia é uma maravilha”.

Ela conta que a rotina da casa mudou e ficou um pouco mais intensa desde então: agora são mais roupa para lavar, são necessárias panelas maiores para fazer comida e a casa está sempre movimentada. Zilda diz que gosta da nova rotina: “Ficou mais animada, mais alegre. Para mim é tudo de bom”, relata a mãe.

Zilda descreve que, com a morte do irmão, a família recebeu a visita do Conselho Tutelar e deu continuação ao processo de adoção. Ela relembra que o irmão tinha comentado que gostaria que ela cuidasse dos filhos dele.

Em seguida, o passo seguinte foi passar pelo processo burocrático para oficializar legalmente a adoção. Zilda relembra que ela, o marido e as crianças foram submetidos a exames, avaliação psicológica, entrevistas e reuniões.

Ela diz que tudo valeu a pena: “Eu amo ser mãe. Antigamente eu nem imaginava ser mãe. Depois que eu me casei, mudei de ideia. Filho para mim é tudo. Apesar de serem meus sobrinhos eu cuido e amo como filho”, contou.

De acordo com a advogada Karla de Camargo Fischer destaca que a oficialização da adoção é fundamental, porque garante a proteção dos direitos das crianças. Ela também explica que, em casos como o de Zilda, no qual os dois pais morrem e os filhos são menores de idade, o Código Civil brasileiro garante uma sequência para a guarda das crianças.

“Seguiria a ordem: com os ascendentes, isto é, com os avós, ou, inexistindo estes, com os bisavós. Na falta de ascendentes, a guarda será dos parentes colaterais, ou seja, dos irmãos, tios e, na falta destes, dos sobrinhos, caso seja possível dentro dos termos legais”, explicou. A advogada ainda que demonstrar o interesse pela adoção facilita o processo.


Zilda conta que o sentimento é misto. Por um lado, ela afirma que a perda do irmão foi dolorosa, mas por outro, há a alegria de poder adotar os sobrinhos.De acordo com ela, antes da morte do irmão, as oito crianças não costumavam conviver com frequência. Agora, como irmãos, eles se dão bem e, inclusive, os filhos dela tiveram um papel fundamental no processo do luto dos primos, prestando apoio.

Com informações do G1