sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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‘Daqui a pouco estaremos construindo poleiros’, critica Lula sobre casas populares muito pequenas; vídeo

Lula no segundo conversa com o presidente
Lula na segunda edição do "Conversa com o presidente" (Foto: Reprodução / YouTube Lula Oficial)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta segunda-feira (19), a construção de casas populares muito pequenas. Foi uma menção direta às casas populares da Prefeitura de Campinas (SP), que medem 15 m² e que foram alvos de ataques em todo o Brasil. Lula chamou projetos como esse de “processo de degradação” e que, se mais projetos como esse fossem feitos, “Daqui a pouco estaremos construindo poleiros”. Ele citou a viagem que fez ao Pará, no último sábado (17), para o anúncio de obras em Belém — preparatórios para a COP 30 — e entrega de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Abaetetuba. O petista lembrou que a primeira casa dele media 33 m².

Lula reforçou que o programa “Minha Casa, Minha Vida” vai entregar 2 milhões de unidades habitacionais populares até o ano de 2026. E garantiu que não serão apenas para famílias muito pobres. Haverá modelos para pessoas dentro da faixa da classe média, mas que não tenham condições de pagar por imóveis destinados à essa faixa de renda. As declarações foram feitas na segunda edição do programa “Conversa com o Presidente”, uma entrevista ao vivo feita pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Ainda no programa, Lula fez várias menções às políticas que precisam ser tomadas para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP), que será realizada em Belém, em 2025. “”A COP-30 será a primeira COP feita na Amazônia. Agora as pessoas terão que conhecer a Amazônia e falar dela lá dentro. Vão conhecer como vivem nossos indígenas, nossos povos ribeirinhos, para discutir com propriedade”.

“Vamos fazer uma reunião em agosto entre os países que têm Floresta Amazônica, para que a gente cuide da Amazônia na América do Sul. Ao mesmo tempo, temos que conversar com o presidente do Congo e da Indonésia, que também têm floresta muito densa, e que ajudam a controlar o planeta. Ao mesmo tempo, é importante os países ricos pagarem o que prometem desde a COP de 2009, que era dar 100 bilhões de dólares por ano para cuidar do clima, e não estão dando. Nós vamos cobrar outra vez”, disse o presidente.


Entre outras pautas comentadas ao longo do programa que Lula passou a fazer, que substitui o antigo formato de lives do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele voltou a falar do combate à fome, compromisso em zerar o desmatamento ilegal até 2023, mudanças climáticas, desemprego e integração dos ministros com os governos estaduais de todo o Brasil. “Quero aproveitar o meu mandato de presidente da República para tentar criar uma consciência mundial contra a fome. O problema não é de falta de produção, é de distribuição e pobreza”, comentou.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)