Um homem está sendo investigado por supostamente ter torturado a própria filha, na zona rural do município de Xinguara, no sul do Pará. A menina tem 2 anos de idade. As possíveis agressões foram denunciadas pelo Conselho Tutelar da cidade. Nas redes sociais, a população da região está revoltada porque o homem e a companheira dele estão em liberdade.
Os nomes e imagens não podem ser mostradas em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que resguarda a imagem de menores de idade em situação de risco. Revelar a identidade dos pais vai revelar a identidade da criança. Nos vídeos que o Fato Regional teve acesso, é possível ver várias marcas na criança, como nas mãos, pernas, barriga e costelas.
O pai da menina não mora com ela e nem com a mãe biológica. Alegando que queria passar mais tempo com a criança, pediu para passar uns dias com a menina na chácara onde ele vive com a companheira atual dele. A mãe autorizou, para garantir que a menina tivesse convivência com o pai. Mas não poderia imaginar o que aconteceria.
Dias depois, a mãe foi buscar a criança, mas o pai disse que era para a garota ficar mais um pouco. Desconfiados do que estavam presenciando, vizinhos denunciaram uma suposta rotina de violência do homem contra a própria filha. O Conselho Tutelar acatou a denúncia e constatou evidências de tortura. O caso foi denunciado à PC de Xinguara e a menina voltou para a mãe biológica.
Foram intimados a comparecer o pai e a madrasta da menina de 2 anos. No depoimento, ele disse que a criança caiu de bicicleta. Após o depoimento, os dois foram liberados. Isso, na prática, não quer dizer que os dois estejam isentos de responsabilidade. A mãe da criança agora está assustada e cobrando justiça.
O Fato Regional entrou em contato com a Polícia Civil, que respondeu por nota que “…um Termo Circunstanciado de Ocorrência por maus tratos foi registrado na delegacia de Xinguara. A criança foi entregue à mãe e o caso é acompanhado pelo Conselho Tutelar”.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)