sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Greve nacional pelo piso salarial da Enfermagem tem adesão do Pará; Marabá e Redenção confirmam paralisação

A greve nacional ocorre às vésperas do encerramento do julgamento do STF sobre a legalidade da lei que instituiu o piso salarial da Enfermagem. Governo Lula liberou verbas para o pagamento.
Profissionais da Enfermagem do Brasil mobilizaram uma greve nacional para esta quinta, 29, por 24 horas. Em alguns estados, a paralisação começou antes e afetou o atendimento. (Foto: Ana Laura Carvalho / Ascom Sindsaúde)

Trabalhadores da Enfermagem entraram em greve nacional nesta quinta-feira (29). No Pará, sindicatos confirmaram adesão em vários municípios. Na região sul do estado, a paralisação ocorre em Marabá e Redenção. Em todo o Brasil, estima-se 1,3 milhão de profissionais, sendo 73% ligados à rede pública.

Pela Lei 14.434/2022, que instituiu o piso salarial da enfermagem, enfermeiros devem receber ao menos R$ 4.750; técnicos de enfermagem, R$ 3.325 e auxiliares de enfermagem e parteiras no mínimo R$ 2.375. Atualmente, não há padrão e nem regularidade a esses valores.

A greve nacional ocorre às vésperas do fim do julgamento da constitucionalidade da lei do piso salarial da categoria. A causa está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do plenário virtual, que ficará aberto até esta sexta-feira (30).

Danielle Cruz, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA), aponta que já há instituições de saúde fazendo escalas específicas de trabalho contando com apenas 30% das equipes (limite mínimo constitucional).

Por nota, o Coren-PA reforçou “…sua posição favorável ao pagamento do Piso Nacional da Enfermagem. Apoiamos e defendemos a luta de valorização da categoria, cuja votação foi retomada no Supremo Tribunal Federal (ST) se encerra na próxima sexta-feira, (30). O Coren-PA está acompanhando o andamento do projeto de lei que assegura os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da Enfermagem”.

Leia mais, no Fato Regional:

Por que a lei do piso da Enfermagem ainda não entrou em vigor?

A Confederação Nacional da Saúde, entidade que representa a saúde privada, entrou com uma ação de direta de inconstitucionalidade (ADI 7222) contra a lei do piso da Enfermagem.

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que a revisão do salário mínimo para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras vai custar R$ 10,5 bilhões a mais às prefeituras.

Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma lei que garantiu R$ 7,3 bilhões em recursos para pagamento do piso nacional da enfermagem. O STF deve decidir, até 30 de junho, se o piso salarial da categoria, através de lei, é constitucional ou não.


(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)

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