No Brasil, cerca de 60 % da população não usam nenhum tipo de proteção solar, como mostra pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A radiação solar sem proteção é a principal causa do câncer de pele, o tipo mais comum do país. E com a chegada de mais um verão no Pará, oncologistas e dermatologistas fazem alerta para a mudança de comportamento.
O Instituto Nacional do Cãncer (Inca) estima que serão registrados no Brasil 704 mil casos novos de câncer por ano, entre 2023 e 2025. “Embora sua letalidade seja baixa, esse tipo de câncer pode deixar sequelas e provocar mutilações no corpo”, alerta a oncologista Paula Sampaio.
Existem dois tipos de câncer de pele: o não melanoma é o mais comum; e o câncer melanoma que é o mais grave. Quando a doença é descoberta cedo, a chance de cura é de 90%. Mas, com o diagnóstico tardio, cai para 40%.
Em 2022, houve 27.550 mortes por câncer de pele não melanoma no Brasil. A maior frequência é em homens (58,1%) e entre pessoas de 70 anos ou mais (64,3%). As regiões Norte e Nordeste experimentam taxas em elevação, pois são as mais próximas da Linha do Equador e as menos desenvolvidas socioeconomicamente.
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Na região Norte, 40% dos casos de câncer de pele registrados estão no estado do Pará. E a melhor maneira de evitar o câncer de pele é evitar a exposição prolongada e repetida ao sol e usar protetor solar todos os dias.
Como se cuidar e evitar o câncer de pele
O recomendado é usar protetor solar no mínimo com 30 FPS, reaplicando a cada 2 horas. Além disso, durante os dias mais quente, usar roupas e acessórios para proteção solar, como chapéu e óculos escuros. O sol entre 10h e 16h costuma ser o mais perigoso.
“São hábitos simples e que devem ser adquiridos desde a infância, pois os danos causados pelo sol são acumulativos”, explica a oncologista Paula Sampaio.
Em frente ao espelho, é importante observar se não há pintas, manchas ou sinais no corpo que estão se modificando. Se tiver manchas ou sinais que coçam, ardem, descamam ou sangram; e feridas que não cicatrizam em até 4 semanas, o recomendado é procurar um dermatologista.
(Da Redação do Fato Regional)
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