Não foi confirmada, até ontem, a existência de vítimas em decorrência do desabamento de 268 metros da Ponte do Moju, na Alça Viária, ocorrida na madrugada deste sábado, 6, depois que uma balsa colidiu contra um dos pilares.
No domingo (7), os bombeiros trabalharam em um dos dois pontos de atenção identificados na área, em busca de vestígios, mas nada encontraram. O outro ponto será esquadrinhado nesta segunda-feira (08) pela equipe. A informação foi dada na noite de ontem, em entrevista coletiva, pelo governador Helder Barbalho, após reunião no Comando Geral do Corpo de Bombeiros.
Ele disse também que a navegação noturna no trecho do Rio Moju em que ocorreu o acidente está proibida pela Capitania dos Portos desde janeiro deste ano. Após o acidente, a Capitania proibiu permanentemente a passagem porque a estrutura ainda apresenta riscos às embarcações. Segundo o governador, para evitar os abalroamentos recorrentes nas pilastras da ponte, será providenciado, na reconstrução do trecho da ponte que ruiu, um outro modelo construtivo com apenas dois vãos. Durante o trabalho de reconstrução serão providenciadas balsas para travessia gratuita e uma estrutura suficiente de atendimento às 700 mil pessoas afetadas pelo acidente.
Os pontos de atenção foram identificados neste domingo por um sonar utilizado por três embarcações da Capitania dos Portos e da Praticagem, com o objetivo de localizar os veículos que estariam submersos. Mas os mergulhadores não confirmaram a presença de qualquer coisa, ficando para a manhã desta segunda-feira a verificação do segundo ponto de atenção. Segundo o governador, até ontem não havia qualquer elemento que sinalizasse a existência dos veículos e a possibilidade de que sejam encontradas vítimas.
“Concluímos hoje (domingo, 07) a perícia e o Renato Chaves já liberou a área”, afirmou. “Nós já contratamos a empresa responsável pela retirada desses escombros e a expectativa é que até quarta-feira os técnicos cheguem a Belém para iniciar a mobilização, para que possa se iniciar também a retirada da embarcação que deu causa a esse sinistro”.
Ainda de acordo com Helder Barbalho, a ideia é aproveitar as duas margens da ponte na reconstrução, ampliando o vão para adequá-lo ao perfil de navegabilidade da área e evitar a ocorrência de novos abalroamentos. Enquanto isso, foi reforçada a sinalização nas estradas tomadas como alternativa para o transporte de pessoas e carga.
A partir desta segunda (08), técnicos do governo vão atuar na adequação da Estrada Quilombola, no Moju, a PA-252 terá sua estrutura reforçada, na área não pavimentada, e uma operação tapa-buraco será feita na Rodovia Perna Sul.
Serão estruturados e pavimentados também os pátios das balsas para receber o fluxo de veículos e o número de balsas foi ampliado de duas para oito. Na área do Arapari, acrescentou Helder, o governo inicia a construção de uma terceira rampa para ancoragem das balsas, enquanto em Belém, os três pontos de saída de veículos devem ser ampliados com a viabilização de um quarto ponto, de modo a evitar os transtornos.
“Nós vamos instituir balsa no local onde a Alça Viária estava interligada pela ponte no Rio Moju”, disse ainda. Obras de adequação já foram contratadas pelo governo, segundo afirmou o governador. Ele ressaltou também a parceria do Dnit e do Exército Brasileiro no processo da ponte. A ponte afetada é a terceira de um conjunto de quatro do complexo da Alça Viária. Ela fica na rodovia PA-483, que liga a Região Metropolitana de Belém ao interior do Estado.
Fonte: OLIBERAL.COM