segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Em Boston, governador Helder Barbalho defende a bioeconomia do Pará e perspectivas para a COP 30

O governador do Pará apresentou investimentos e buscou o estabelecimento de novas parcerias para o estado que vai ser sede da COP 30, em novembro de 2025. A estimativa é de que a bioeconomia paraense seja destaque global, com projeção de movimentação de US$ 120 bilhões por ano.
O governador Helder Barbalho participou de um painel na companhia da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (Foto: Thalmus Gama / Agência Pará)

Em Boston, nos Estados Unidos, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou da Brazil Conference. Trata-se de um evento na Universidade de Harvard, no qual apresentou os investimentos sendo feitos para a COP 30 — que será em Belém, em novembro de 2025 — projeções de legados para a Amazônia e a busca por novas parcerias e investimentos no estado. No sábado (6), ele participou de um painel com a ministra dos povos indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, mediado pela jornalista Daniela Filomeno.

Para o governador, possivelmente o tema central da COP 30 poderá mudar da transição energética para a bioeconomia. Helder pretende pautar o assunto que é grande interesse do Pará e da Amazônia como um todo. O estado, segundo projeções do governo, pode movimentar mais de US$ 120 bilhões por ano com a bioeconomia, um segmento que gera emprego e renda mantendo a floresta em pé com produtos de alto valor agregado, indo de alimentação a moda e cosméticos.

“Estive na COP em Madri, em Glasgow, Sharm El Sheikh e Dubai e, em todas elas, o tema foi fundamentalmente transição energética. Agora, lá em 2025, no ano que vem, tem que ser a COP da floresta. Temos que sair compreendendo que a floresta é o que pode gerar o equilíbrio da neutralização de emissões e fazemos isso cuidando dela, das pessoas que vivem na floresta e promovendo uma economia verde que transforma carbono em commodity, equalizando as vocações que existem no mosaico da nossa região”, explicou o governador.

Helder reforçou a importância da compatibilização das florestas com as atividades econômicas e respeito aos povos originários. “Meu Estado produz minério, pecuária, alimento e tem 75% de floresta. Se eu não gerar uma compatibilização das vocações, vou gerar um desafio social que muito provavelmente me fragiliza na possibilidade de dar soluções perenes. Acho que precisamos fazer com que a floresta viva tenha mais valor do que a floresta morta”, detalhou.

Entre algumas medidas sendo apresentadas a players nacionais e internacionais presentes na Brazil Conference, Helder Barbalho falou sobre o programa de rastreabilidade do gado paraense; criação de novas unidades de conservação; operações de combate ao desmatamento; introdução à educação ambiental na pública paraense; cursos de formação e capacitação para a população visando a COP 30 e compromissos assumidos com povos originários.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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