O corpo da tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 25 anos, foi encontrado na cidade de Jacundá, sudeste do Pará, no final da noite desta quinta-feira (25). Ela estava desaparecida desde o dia 15 de abril, quando estava em um bar no município de Marabá. Willian Araujo Sousa (Will, também tatuador) e Deidyele de Oliveira Alves (esposa dele) foram presos temporariamente por suspeita de homicídio e ocultação de cadáver. A moça deixa um filho de 6 anos.
A última pessoa vista com Flávia, na noite do dia 14 de abril, foi Willian. Eles ficaram conversando e bebendo no bar até de madrugada. Familiares tentaram falar com ela de forma casual, mas não tiveram retorno. Ela também não estava em casa e isso levantou suspeitas e desespero da família. Uma grande mobilização ocorreu nas redes sociais pedindo informações sobre o paradeiro dela. Um boletim de ocorrência foi registrado.
Pela última localização do celular de Flávia, ela estaria no balneário Vavazão, em Marabá. No dia 19, familiares e amigos foram ao local para tentar buscar pistas do paradeiro dela, mas sem sucesso. Enquanto isso, a Polícia Civil seguia em outras pistas que levaram à localização e apreensão do veículo usado no crime e aos pedidos de prisão de Willian (em Marabá) e Deidyele (em Tucuruí).
Após uma investigação que mobilizou policiais de Marabá, Tucuruí e Jacundá, foi deflagrada a operação “Anástasis”, liderada pelo delegado Walter Ruiz Bogaz, para o cumprimento dos mandados de prisão temporária. No caso, a PC tem 30 dias a contar do cumprimento do mandado para apresentar provas concretas das suspeitas de envolvimento do casal na morte de Flávia. Se a investigação avançar nesse sentido, a prisão será convertida em preventiva (sem prazo para encerrar).
Com as prisões, a Polícia Civil então conseguiu localizar o corpo de Flávia, que estava numa cova clandestina em uma vicinal de Jacundá, a cerca de 100 km de Marabá, numa área de difícil acesso. A operação “Anástasis” foi dada como encerrada na madrugada desta sexta-feira (26). Agora restam esclarecer as motivações do crime. Willian e Deidyele seguem à disposição do Poder Judiciário.
Os delegados do caso concederam entrevista nesta sexta-feira, mas evitaram dar detalhes ou confirmações e se limitaram a dizer que tudo será esclarecido ao final do inquérito. Uma possível terceira pessoa envolvida foi apontada, mas ainda não qualificada e sem mandado de prisão solicitado. O casal não chegou a confessar o crime formalmente, mas Deidyely teria suspostamente dito que sabe por qual razão o marido cometeria o crime, sem implicá-lo exatamente.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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