A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações do Governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil – MA), no caso de uso indevido de emendas parlamentares do chamado “Orçamento Secreto”. Ele e a irmã Luanna Rezende, prefeita afastada de Vitorino Freire (MA), são investigados desde 2021, muito antes de ele fazer parte do governo. No ano passado, as investigações deram início à operação “Benesse”.
A operação “Benesse” foi um desdobramento das investigações iniciadas em 2021. Juscelino, enquanto ainda era deputado federal, teria destinado emendas parlamentares para a cidade onde a irmã dele era prefeita. Foram cerca de R$ 13 milhões do chamado “Orçamento Secreto”. Os recursos foram parar em obras para pavimentar uma rodovia que chega à fazenda da família. As obras foram executadas pela empresa Construservice e envolvem a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Para a PF, Juscelino foi indiciado por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O inquérito atualizado da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (11). O relator é o ministro Flávio Dino. A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar se oferece denúncia ou pede mais diligências para o caso.
Apoiadores de Lula nunca concordaram com a indicação de Juscelino Filho para o cargo de ministro, mas o presidente acatou para garantir a governabilidade no Congresso Nacional, que mesmo assim não dá apoio total às pautas do governo. Nos bastidores, o governo já avalia a exoneração de Juscelino, da mesma forma que ocorreu com Neri Geller, que até esta terça (11) era secretário de Política Agrícola do Governo Federal e foi demitido.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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