Uma ação solidária, em Ourilândia do Norte, no Sul do Pará, resultou na distribuição gratuita de 200 toneladas de milho. Estima-se pelo menos 15 mil famílias beneficiadas, incluindo as que vieram de Tucumã, São Félix do Xingu e Água Azul do Norte. É o 4º ano do “Festival do Milho”, promovido por uma família ourilandense que possui uma fazenda de 29 hectares, a 10 quilômetros da sede da cidade. A distribuição começou na madrugada desta sexta-feira (17).
A única regra, como diz Marcos Dairel, organizador da ação solidária, é que não se deve comercializar o milho que foi distribuído de forma gratuita. O principal objetivo é agradecer pela safra e confraternizar com a população, que poderá se alimentar com os produtos da fazenda da maneira como achar melhor. De forma bem-humorada, lembra que as pamonhas da região são conhecidas por serem muito bem feitas e saborosas.
A tradição nasceu em Minas Gerais, onde a família Dairel também tinha terras agraciadas com fartura de milho e criação de porcos. Era um costume mineiro de dividir a produção com familiares e amigos. A tradição ficou para as novas gerações, que agora fazem o mesmo em Ourilândia do Norte.
“Mais uma vez estamos fazendo o festival do milho, promovido por nossa família, há quatro anos. Graças a Deus, só tenho a agradecer por todo mundo que compareceu em peso. Lembrando que não é para comercializar o milho. É para confraternizar entre amigos e familiares, celebrar e se alimentar. Boas pamonhas para todos!”, disse Marcos Dairel, emocionado pela oportunidade de compartilhar a safra com povo, principalmente os mais necessitados.
Lidiane Celestino Alves chegou cedo com a família para conseguir levar o máximo possível de milho e repartir com quem não pôde ir. “Muito satisfeita com esse evento, que beneficia a população. Tem amigos, familiares, pessoas que a gente nem conhece e faz amizade aqui na hora, se ajudando, dividindo as sacas, outros vão colher ou ajudam carregar. Vamos fazer pamonha, mingau, bolinho frito e levar até para os nossos vizinhos”, disse, feliz pelo milho que levou para casa.
“Essa ação é muito boa. Muita gente não tem condições de comprar milho e fazer pamonha e outras coisas. Meu irmão está até vindo de Parauapebas para nos reunirmos com a família e poder comermos juntos. Ainda nem decidimos o que fazer com tudo isso. Talvez, além da pamonha, vamos fazer mingau, milho assado ou cozido”, disse Josiane de Souza, alegre porque iria reunir a família para um banquete de milho.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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