sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Acordo entre ICMBio e ONG alemã reintroduzirá ararinha-azul no Brasil

Alvo de caçadores, ave típica da caatinga está em extinção desde 2000.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a organização não governamental Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), da Alemanha, firnaram hoje (7) um acordo que oficializa a vinda de 50 ararinhas-azuis do país europeu para o Brasil. A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) pertence à caatinga e entrou em extinção em outubro de 2000, por ser alvo de caçadores e traficantes de animais.

Essas práticas ilegais, juntamente com a destruição do bioma, fizeram com que, de uma década para outra, restasse somente um exemplar da ave, em 1990. Na década de 1980, expedicionários identificaram três ararinhas-azuis e, em nova busca, 10 anos depois, a última remanescente foi localizada, acendendo o alerta de ambientalistas.

De acordo com o ICMBio, existem hoje pelo mundo 163 exemplares da ave. Todos os espécimes vivem fora de seu habitat natural, ou seja, em cativeiro.

A espécie é considerada endêmica da região de Curaçá, interior da Bahia, ou seja, desenvolve-se de forma natural somente naquele território. Para receber os animais, que devem chegar em novembro, o ICMBio está concluindo, em parceria com diversas entidades, a construção de um espaço, no município baiano, e espera que a soltura na natureza ocorra entre 2020 e 2024.

Na década de 1980, expedicionários identificaram três ararinhas-azuis e, em nova busca, dez anos depois, a última remanescente foi localizada, acendendo o alerta de ambientalistas. A espécie é considerada endêmica da região de Curaçá, interior da Bahia, ou seja, se desenvolve de forma natural somente naquele território. Para receber os animais, que devem chegar em novembro, o ICMBio está concluindo, em parceria com diversas entidades, a construção de um espaço, no município baiano, e espera que a soltura na natureza tenha ocorra entre 2020 e 2024.

Segundo Hugo Vercílio, analista ambiental da autarquia, o acordo de cooperação não conta com verba do governo federal, que oferece somente o suporte técnico ao projeto. Entre os parceiros, estão, além da ONG alemã ACTP, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), o Criadouro Fazenda Cachoeira, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de São Paulo (USP).

A reintrodução das ararinhas-azuis já havia sido anunciada em setembro do ano passado. A medida faz parte do Plano de Ação Nacional da Conservação da Ararinha-azul (PAN Ararinha-azul), que foi estabelecido em 2012, pelo ICMBio, e já tem trazido resultados.


Desde 2009, o número de espécimes dobrou. O total, em 2000, era de 53 e subiu para 108 em 2014. Para 2020, a projeção é que haja 166 aves no país.

 

 

Fonte: Agência Brasil