O advogado Frederick Wassef, que presta assistência profissional ao presidente Jair Bolsonaro e ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), afirmou há pouco que é “mentira” que houve “ingerência política” na Polícia Federal (PF), como acusou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, ao anunciar a demissão do cargo na sexta-feira, 24.
Segundo Wassef, Bolsonaro quis exercer o ato legal de nomear o diretor. “Isso não é ingerência política. Estamos mudando os nomes das coisas”, acentuou, em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil.
Wassef afirmou que causou estranheza o pedido de demissão de Moro. De acordo com o advogado, o “correto” teria sido o então ministro da Justiça e Segurança Pública “convocar” Bolsonaro para uma reunião e dizer a ele que “queria muito ter exclusividade de nomear o diretor-geral da PF, muito embora, pela lei, seja ato de prerrogativa do presidente”.
“A forma como foi feita (a saída de Moro) foi traumática, abalou a imagem do Brasil no exterior, abalou a economia, disparou o dólar, baixou a bolsa”, disse. Wassef declarou ainda que não entende como o ex-ministro da Justiça e Segurança pôde entrar em confronto com o presidente por causa “de um delegado da Polícia Federal”.
Fonte: O Liberal com Agência Estado