Linfomas são um tipo de câncer no sangue que afeta as células de defesa do organismo. A doença tem cerca de 15 mil pessoas diagnosticadas por ano, no Brasil, como apontam dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A campanha chamada Agosto Verde-Claro é para informar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, sintomas e tratamento.
Veja um vídeo, no Instagram do Fato Regional (@fatoregional), com um resumo sobre o tema:
Por se tratar de um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. Origina-se com a alteração de um tipo de glóbulo branco, chamado linfócito. Divide-se em linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. E por estar presente em quase todos os órgãos do corpo humano, sinais e sintomas podem surgir em diversas áreas. A hematologista Iê Bentes Fernandez chama atenção para ínguas, que são inchaços nos gânglios, comuns na região da virilha, pescoço e axilas.
“Ínguas podem ter várias causas, mas se a pessoa perceber que são frequentes, persistentes, deve procurar atendimento médico. Uma íngua pode ser um sinal de um linfoma, ainda no começo da doença. Isso é um ponto positivo, é algo que o paciente pode perceber em um autoexame, diferentemente de um câncer de mama, por exemplo, quando um nódulo na mama só pode ser percebido pela mulher quando a doença já não está em estágio inicial”, explica Iê Bentes.
O linfoma de Hodgkin atinge com maior frequência pessoas de 15 a 30 anos e, depois, acima dos 60 anos. Mas qualquer pessoa, de qualquer idade, pode ter um linfoma. Os principais sintomas são:
- gânglios aumentados
- especialmente na região do pescoço, axila e virilha
- suor noturno intenso
- coceira pelo corpo
- perda de peso sem motivo aparente
- febre, geralmente no final da tarde
- fadiga
- tosse
- dificuldade de respirar
A hematologista explica que é importante valorizar os sinais que o corpo dá e procurar um médico quando perceber alterações importantes. A agilidade pode assegurar um diagnóstico precoce. O tratamento é baseado em quimioterapia, radioterapia e medicamentos, chamados de anticorpos monoclonais. Para os recidivos refratários, já há tratamentos eficazes, como os biespecíficos e CAR-T. Transplantes de medula óssea são indicados quando o paciente não responde bem a outras terapias.
“Cada tipo de linfoma tem manifestações clínicas e comportamentos diferentes, podendo ter crescimento lento, sem apresentar sintomas iniciais, ou ser agressivo, de crescimento rápido, que requer tratamento imediato. Para cada caso, há algumas possibilidades de tratamentos. O importante é saber que os linfomas são altamente tratáveis. Mas para que o tratamento tenha grandes chances de sucesso, o diagnóstico precoce é muito importante”, destaca a médica.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do CTO)
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