Oito famílias assentadas da reforma agrária de Tucumã, na região Araguaia, devem receber, em março, R$ 400 mil para implantar Sistemas Agroflorestais (Safs) com valorização socioeconômica e ambiental do cacau, carro-chefe da agricultura familiar do município. O produto é exportado para a Bahia, onde se transforma em chocolate.
O crédito rural se deve a projetos elaborados pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e liberação do Banco da Amazônia (Basa), a partir da linha Floresta do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os projetos individuais representam R$ 50 mil cada e indicam o consorciamento do cacau com banana, para sombreamento provisório e aproveitamento da safra, e com madeira (ipê e andiroba), para sombreamento definitivo e exploração racional. As propriedades constam de três hectares em média.
O Pronaf Floresta, uma linha com direcionamento para sustentabilidade e ecologia, tem sido acionado mais quantitativamente em Tucumã desde o ano passado, quando Emater, Basa, Prefeitura e outras instituições parceiras (tanto do serviço público, quanto da iniciativa privada – além de organizações não-governamentais, ongs) elaboraram um RIS (Relatório de Informações Sociais) para padronizar e desburocratizar o acesso.
Os recursos de R$ 400 mil serão colocados como reposição dos custos de Safs, que já estão sendo implantados em pelo menos seis vicinais diferentes da rodovia PA-279, consideradas áreas de assentamento federal: P.A Tucumã.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Tucumã, o técnico em agropecuária Ronnie Peterson Santos, a expectativa é que a diversificação das atividades promova tanto a segurança alimentar, como geração de renda: “E não é só isso. Algumas áreas são degradadas e os Safs vêm como instrumento de recuperação. O resultado é positivo em todas as frentes”, completa.
Fonte: Oliberal e Agência Pará