Agricultura regenerativa impulsiona pecuária familiar na Amazônia e aumenta produtividade em 64%

Iniciativa apoiada pelo Fundo JBS pela Amazônia transforma pastagens degradadas em lavouras de cacau e eleva a renda de mais de 1,4 mil famílias agricultoras no Pará. No Estado, a JBS com 4 escritórios físicos: Tucumã, Redenção e Santana do Araguaia, no sul do Pará, e Marabá, sudeste.
Pastagens recuperadas e manejo sustentável aumentam a produtividade da pecuária familiar e reduzem a pressão sobre novas áreas de floresta. (Foto: Divulgação)

A produtividade da pecuária familiar na Amazônia deu um salto expressivo de 64% com a adoção de práticas de agricultura regenerativa.

O avanço é fruto do projeto RestaurAmazônia, iniciativa da Fundação Solidaridad com apoio do Fundo JBS pela Amazônia, que entre 2021 e 2025 destinou mais de R$ 21 milhões à recuperação de áreas degradadas e à promoção de um novo modelo sustentável de produção no bioma.

A ação já beneficiou 1.408 famílias produtoras na região da Transamazônica (PA) e implementou boas práticas agropecuárias em 21 mil hectares, integrando manejo sustentável e diversificação produtiva.

Parte das pastagens degradadas foi convertida em lavouras de cacau de alta qualidade, que podem gerar até quatro vezes mais receita por hectare. O modelo reduz a pressão por novas áreas de desmatamento e cria um ciclo virtuoso de renda, sustentabilidade e conservação.

O crescimento da produtividade foi medido pela taxa de lotação das propriedades (UA/ha), indicador que mostra quantos animais uma área pode sustentar de forma equilibrada, sem comprometer o solo, a vegetação ou elevar as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

“Os números reforçam para o Brasil e para o mundo que é possível produzir na Amazônia de forma rentável e regenerativa”, afirma Lucas Scarascia, gerente-executivo de projetos do Fundo JBS pela Amazônia. “O produtor familiar é parte essencial da agenda climática global — ele gera riqueza mantendo a floresta em pé e recupera áreas degradadas”, complementa.

Entre os resultados alcançados estão 1.218 hectares restaurados com Sistemas Agroflorestais (SAFs) de cacau, 17.308 hectares de pastagens manejadas e 2.154 hectares de lavouras de cacau implantadas.

O projeto também oferece assistência técnica contínua e facilita o acesso a mercados diferenciados, como o segmento bean-to-bar — chocolates artesanais produzidos a partir de amêndoas selecionadas, que podem pagar até quatro vezes mais pelo produto.

“A chave dessa transformação está na qualidade da nossa assistência técnica e extensão rural”, explica Rodrigo Castro, diretor de País da Fundação Solidaridad. Com técnicos locais e um modelo personalizado, as famílias conseguem adotar práticas de baixo carbono e alcançar novos patamares de qualidade e renda.”

O cultivo de cacau em sistemas regenerativos alia conservação da floresta, geração de renda e redução das emissões de carbono no campo. (Foto: Victor Furtado / Fato Regional)

Os resultados do RestaurAmazônia reforçam o movimento de intensificação sustentável da pecuária na região e estão alinhados às recomendações globais apresentadas para a COP30, que destacam o papel da agricultura de baixo carbono, do crédito verde e da inclusão produtiva dos pequenos agricultores.

O Fundo JBS pela Amazônia segue investindo em iniciativas que unem retorno econômico, inclusão social e conservação ambiental, com foco em cadeias produtivas sustentáveis, bioeconomia e inovação científica.

Entre os projetos apoiados estão a produção de açaí extrativista pela cooperativa Amazonbai, o Projeto Geoflora, da Embrapa, e o programa Juntos: Pessoas, Floresta e Amazônia, do Rio Capim.

No Pará, a JBS com 4 escritórios físicos: Tucumã, Redenção e Santana do Araguaia, no sul do Pará, e Marabá, sudeste.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Assessoria de Imprensa da JBS).

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