Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o agronegócio brasileiro registrou um crescimento de quase 20% no PIB no ano passado. Os dados, ainda preliminares, são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). E para ampliar ainda mais as possibilidades de expansão, a aposta do governo federal é o Projeto de Lei 5.191/2020, que cria o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). A expectativa é que a proposta consiga captar cerca de R$ 1 bilhão em recursos ainda no primeiro semestre de funcionamento.
O texto-base da proposta já foi aprovado pelo Senado no último mês. Mas, antes de seguir para sanção do presidente Jair Bolsonaro, dois destaques devem ser votados pelos parlamentares – a expectativa é que as discussões aconteçam hoje. Segundo o projeto, o principal objetivo é fazer com que o setor agropecuário possa captar dinheiro no mercado de capitais, uma alternativa aos financiamentos tradicionais ou programas do governo – atualmente, um terço do crédito para o setor vem do Plano Safra.
Autor do projeto, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) ressaltou que o setor agropecuário vive um momento de dinamismo, ganho de produtividade e entrada em novos mercados. “O setor precisa de novas formas de financiamentos. Isso significa não só a busca por mais, mas por origens diferentes. Muitas vezes, o setor conviveu com a política de juros controlados, que embutiu recursos públicos para equalização, coisa que é muito difícil hoje com a crise fiscal do Estado e com a necessidade de esses recursos públicos serem direcionados para ajudar o pequeno agricultor e o agricultor familiar”, apontou.
Em troca de rendimentos, investidores nacionais e estrangeiros podem aplicar recursos em ativos ligados ao agronegócio ou até em imóveis rurais que pertencem aos fundos. Já produtores rurais vão contar com esses valores para investimentos.
(Fonte: O Tempo, com edição da Redação Fato Regional)