Alas do PSDB entram em guerra e pressionam João Doria

Grupo insatisfeito com candidatura à presidência do governador de São Paulo ameaça com debandada
Em novembro do ano passado, Doria venceu as prévias do PSDB para ser o candidato do partido ao Planalto nas eleições deste ano. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) enfrenta um momento de tensão desde que o governador de São Paulo, João Doria, venceu as prévias da sigla para disputar as eleições presidenciais.

Dentre os filiados ao PSDB, o grupo contrário a Doria se reuniu em Brasília para pressionar o governador por resultados melhores nas pesquisas de intenção de voto.

Na reunião, realizada na casa do ex-ministro e ex-presidente do PSDB, Pimenta da Veiga, estavam presentes alguns senadores e ex-senadores, como Tasso Jereissati, José Aníbal, deputados Aécio Neves e Rodrigo de Castro – alguns dos ex-presidentes da sigla.

Também esteve presente o prefeito de Santo André, Paulo Serra, deputado federal Pedro Vilela e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

Pelo menos 10 deputados federais e 20 estaduais estariam dispostos a abandonar o partido, caso o governador siga adiante em sua candidatura.

Ainda de acordo com informações obtidas por Daniela, a ameaça de debandada não deve se concretizar. O objetivo seria demonstrar insatisfação com o cenário atual na sigla.

O próprio governador do Rio Grande do Sul, que perdeu as prévias para Doria, não abandonará o partido. A hipótese de filiação de Leite ao PSD estaria, portanto, descartada.

Há ainda a possibilidade de João Doria não conseguir alavancar seu nome nas pesquisas até a oficialização da candidatura e o partido substituí-lo por Eduardo Leite.

Em via oposta, os aliados do governador de São Paulo não acreditam que o movimento de oposição teria força para mudar os rumos da eleição pelo PSDB.

A possibilidade de racha no partido já era prevista desde as prévias. Naquele momento, quando Doria saiu vencedor, houve ainda a tentativa de demonstrar uma união na sigla, que não se concretizou.


O presidente do partido, Bruno Araújo, definido como coordenador da campanha de Doria, estaria hoje mais próximo à ala oposta ao governador de São Paulo.

 

 

 

 

 

Fonte: CNN Brasil

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