sábado, 7 de dezembro de 2024

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Alerta de Sarampo: Pará é o 3º estado brasileiro com mais casos da doença

Dos 142 casos confirmados no país até 1º de julho, 54 ocorreram no Estado.

O Ministério da Saúde confirmou 426 casos de sarampo em sete estados do Brasil. O novo boletim epidemiológico foi divulgado no último dia 17, e tem o estado de São Paulo como líder das ocorrências, com 82% dos registros do país, seguido pelo Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina, Roraima e Amazonas. Mais de 800 casos ainda estão sob investigação.

No Pará, assim como no Rio de Janeiro, o número de registros tem sido bem maior do que a média da região, o que configura um surto ativo. Dos 142 casos de sarampo confirmados no país até 1º de julho deste ano, 54 ocorreram no Estado; outros seis estão sob investigação. Vale destacar que em todo o ano de 2018 os casos confirmados da doença somaram 80, com dois óbitos decorrentes da infecção pelo vírus.

Até maio deste ano, o Pará liderava o ranking de ocorrências do país, com 43 dos 83 casos notificados ao MS. Contudo, nenhuma morte em decorrência da doença foi registrada. A situação mudou depois que os números da doença dispararam no estado de São Paulo, na primeira semana de junho, com 51 casos confirmados e 273 pessoas infectadas somente na capital.

Os municípios paraenses que lideram as ocorrências no período compreendido entre junho de 2018 e maio deste ano foram Santarém (42), Prainha (39), Monte Alegre (16), Belém (9), Curuá (8), Juruti (6), Jacareacanga (4), Itaituba (2), Alenquer (1), Aveiro (1) e Faro (1). A predominância é de pacientes do sexo masculino (53,3%), sendo 23% entre menores de um ano e 18,2% na faixa de 20 a 30 anos. A partir dos bloqueios vacinais, 13.9.587 pessoas foram vacinadas.

A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) iniciou a campanha de vacinação contra o sarampo no dia 10 de junho, nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós, onde estão os 20 municípios com maior índice de circulação da doença. A meta é garantir que o surto não ultrapasse as fronteiras dessas regiões e atinja todo o território paraense.

Entre as ações que vem sendo desenvolvisdas nesse sentido e que estão previstas no protocolo de vigilância da doença estão a busca ativa de casos suspeitos com notificação imediata, investigação clínica e epidemiológica dos casos, coleta de amostras para o diagnóstico, busca de contatos e bloqueio vacinal dos contatos não vacinados.


A vacina, nas versões triviral e tetraviral, estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. Em 2018, o Pará não alcançou a meta mínima de cobertura (95,0%) na rotina de vacinação com tríplice viral em crianças com um ano de idade. A dose 1 (D1) atingiu apenas 74,54% e a dose 2 (D2), 57,67%.

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM