O Alto Comando do Exército Brasileiro já deu início aos preparativos para a saída do ministro da Defesa, Walter Braga Netto. O ministro deve deixar a pasta até o dia 2 de abril para se colocar à disposição de ser candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), ou disputar uma vaga para o Senado Federal.
O atual comandante do Exército, general Paulo Sérgio Oliveira, é um dos principais cotados para assumir o Ministério da Defesa. Com isso, o general Marco Antonio Freire Gomes deve ser o próximo comandante do Exército brasileiro.
O general Paulo Sérgio esteve em reunião na semana passada com o presidente Bolsonaro já numa aproximação para ser indicado como Ministro da Defesa. De acordo com relatos, o encontro ocorreu durante o fim de semana e fora da agenda oficial. Após a reunião, o general tem sinalizado confiança de que deve assumir a pasta. Segundo interlocutores, ele está empolgado com essa possibilidade.
O potencial substituto de Paulo Sérgio, o general Freire Gomes esteve na comitiva do presidente que foi para a Rússia no mês passado. Durante a viagem, o Freire Gomes acompanhou Bolsonaro em diversos compromissos também buscando uma aproximação alinhada para que o nome dele seja bem aceito como novo comandante do Exército.
Outro posto que passará por troca será o de ministro do Superior Tribunal Militar (STM). Em julho haverá a indicação de um integrante do Alto Comando para essa vaga de ministro do STM. Freire Gomes era o principal cotado, mas com a mudança no Ministério da Defesa que deve refletir no Exército, o general Lourival Carvalho Silva é o nome mais forte para o STM.
O Ministro da Defesa, Braga Netto, ainda precisa se filiar a uma legenda até 2 de abril. É a data limite fixada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para quem pretende concorrer a algum cargo nas eleições de outubro deste ano. O nome de Braga Netto a vice é defendido pela ala militar do Governo. O general Hamilton Mourão, atual vice-presidente de Bolsonaro, já está descartado. Ele irá concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul pelo Republicanos.
Fonte: CNN Brasil