A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira, 29, o uso emergencial de dois tipos de testes para detecção de varíola dos macacos. A aprovação permite a utilização imediata de 24 mil kits.
A autorização veio em reposta a pedidos feitos pelo Ministério da Saúde e pela Fiocruz. Os kits são produzidos pelo Instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz, e não têm, ainda, registro definitivo na Anvisa.
A agência considerou a situação da doença no país, além das limitações para realizar o diagnóstico para varíola dos macacos, incluindo a quantidade de testes represados e o fato de não haver kits comerciais para detecção da doença.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil tem 4.493 casos confirmados da doença. São Paulo é o estado que reúne maior número de casos, com 2.788 ocorrências confirmadas.
“Destaca-se que, atualmente, no País, estão estruturados tecnicamente oito (08) Laboratórios de Referência para o diagnóstico da Monkeypox, por biologia molecular, que têm se demonstrado limitados na capacidade de atender à crescente demanda, gerando um quantitativo de solicitações de exames represadas”, disse a Anvisa, acrescentando:
“Com o pleito, o Ministério da Saúde pretende descentralizar a realização do diagnóstico da Monkeypox para a Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e propiciar o diagnóstico mais oportuno com a redução do tempo de liberação de resultado ao paciente.”