quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Após chacina com seis vítimas, Segup monta força-tarefa com 100 agentes em Mãe do Rio

Sequência de assassinatos ocorreu após o atentado contra a vida de um policial. Corregedoria da PM participa das investigações para apurar participação de policiais.
Uma das seis vítimas da chacina. Em menos de 24 horas, sete pessoas morreram e uma ficou ferida em Mãe do Rio. (Foto: Divulgação)

Forças da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) estão em Mãe do Rio, no nordeste do Pará, onde seis pessoas foram assassinadas na noite desta quarta-feira (24). Todas as mortes ocorreram em pouco tempo e com relatos de dois veículo com quatro homens armados e encapuzados, no bairro Novo Horizonte. Ao que tudo indica, foi após a tentativa de homicídio contra um policial militar. Uma das vítimas seria irmão do homem que tentou matar o agente.

No início da manhã desta quarta, o policial militar identificado como cabo Oscar (lotado em Aurora do Pará), estava de folga e no carro dele. Trafegava pela BR-010, perto do cruzamento com a rodovia PA-252. Um homem em uma moto fez vários disparos contra ele e quatro projéteis feriram o militar. Ele ainda teve forças de reagir e atingiu o bandido também. Ambos foram socorridos e o criminoso não resistiu. Não há informações sobre o estado do policial.

À noite, seis pessoas foram mortas, a princípio, pareciam algo aleatório. Mas uma das vítimas era irmão do homem que tentou matar o policial. Outra era uma mulher de 50 anos. E mais uma pessoa estava em um velório, possivelmente do criminoso. A população ficou assustada com tantas mortes e muito terrorismo tomou conta das redes sociais. O isolamento social ocorreu de uma forma mais cruel do que se poderia imaginar.

 

O titular da Segup, Ualame Machado; o delegado-geral Walter Resende; e o comandante da PM, coronel Dilson Júnior. (Foto: Divulgação / Agência Pará)

 

Força-tarefa com 100 agentes, sem dia para encerrar

Cerca de 100 agentes de diferentes forças da Segup vão reforçar o policiamento em Mãe do Rio, enquanto durarem as investigações. O contingente será para devolver a segurança e uma relativa paz à população. A operação é por tempo indeterminado. Equipes das polícias Civil e Militar estão em campo para solucionar a chacina. Diligências estão sendo feitas na região por guarnições das PMs, Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core, da Polícia Civil). Peritos criminais retornaram aos locais de crime em busca de pistas.

“Os gestores da segurança pública vieram até Mãe do Rio para garantir o reforço policial e para dar uma resposta o mais rápido possível sobre esse lamentável fato. Nós queremos garantir à população do Estado, como um todo, de que fatos dessa natureza são inadmissíveis nessa gestão e que todas as ocorrências tiveram uma resposta rápida e eficiente”, reforçou Ualame Machado, titular da Segup.

Duas, das seis vítimas já tinham passagem pela polícia por crimes de furto e tráfico. Estavam sendo monitoradas por tornozeleira eletrônica. Nesta manhã, testemunhas e parentes das vítimas foram ouvidas pelas equipes da delegacia de Polícia de Mãe do Rio. O delegado Geral de Polícia Civil, Walter Resende, acompanhou o trabalho de perto.

 

Operação de reforço na segurança segue por tempo indeterminado (Foto: Divulgação / Agência Pará)

 

“O que a gente tem hoje, em mãos, são depoimentos e a perícia realizada no local. Nossa equipe certamente esta percorrendo as áreas da cidade em busca de filmagens, colher informações, vincular fatos recentes ocorridos aqui, principalmente homicídios e tráficos de drogas, para que a gente possa ao final poder definir a materialidade e a autoria do crime,” acrescentou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende.


Equipes da Polícia Militar do Estado continuarão na cidade para dar apoio as equipes locais. “De imediato, deslocamos uma equipe de Paragominas para reforço, também deslocamos de Belém equipes da Rotam para reforço em Mãe do Rio, além da guarnição da corregedoria de Paragominas e inteligência, para justamente somar esforços com a Polícia Civil para que no menor tempo possamos elucidar esses crimes, identificar os autores e os mandantes”, afirmou o coronel Dilson Júnior, comandante-geral da Polícia Militar do Pará.

(Da Redação Fato Regional, com informações da Segup)