sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Após comparar servidor público a parasita, ministro Paulo Guedes é condenado a pagar R$ 50 mil

Ainda cabe recurso. Ação foi movida pelo Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA). Em nota, Ministério da Economia e ministro não pediram desculpas e nem retiraram o que foi dito. Apenas usaram outras palavras.
Para Paulo Guedes, servidores públicos já são beneficiados com estabilidade e aposentadorias generosas. (Foto: Reprodução / G1)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi condenado a pagar R$ 50 mil por comparar servidores públicos a parasitas. A fala foi feita em fevereiro deste ano, quando ele falava sobre propostas de reformas administrativas. Por isso, o Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA) moveu uma ação na Justiça Federal, que decidiu em favor do serviço público brasileiro. Ainda cabe recurso, mas abriu precedentes.

No texto da decisão da juíza da 4ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia (SJBA), Claudia da Costa Tourinho Scarpa, houve violação aos direitos da personalidade dos integrantes da categoria profissional, por meio dos seus pronunciamentos. Em nota, a Advocacia-Geral da União afirmou que vai apresentar o recurso cabível.

Paulo Guedes criticou o reajuste anual dos salários dos servidores. Na opinião dele ele, a categoria já tinha como privilégio a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”. O ministro também argumentou que a máquina pública, nas três esferas de governo, não se sustenta financeiramente por questões fiscais. Por isso, a carreira do funcionalismo precisa ser revista.

“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, declarou Paulo Guedes, e fevereiro deste ano.


Em nota, o Ministério da Economia disse que “…após reconhecer a elevada qualidade do quadro de servidores, o ministro Paulo Guedes analisou situações específicas de estados e municípios que têm o orçamento comprometido com a folha de pagamento. (…) O ministro argumentou que o país não pode mais continuar com políticas antigas de reajustes sistemáticos. Isso faz com que os recursos dos pagadores de impostos sejam usados para manter a máquina pública, em vez de servir à população: o principal motivo da existência do serviço público. O ministro defendeu uma reforma administrativa que corrija distorções, sem tirar direitos constitucionais dos atuais servidores”.

(Da Redação Fato Regional, com informações do G1)