O Ministério da Saúde vai receber um total de 3,4 milhões de medicamentos necessários para intubação de pacientes com covid-19. O primeiro lote, com 2,3 milhões de medicamentos, tinha previsão de chegada ao Brasil nesta quinta-feira (15), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). São sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides.
Esses medicamentos foram obtidos em uma mobilização de instituições públicas e privadas, instigadas pela Vale, há cerca de três semanas. Participam da ação solidária emergencial ENGIE, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG. Os itens, que foram adquiridos na China, possuem autorização para importação emitida pela Anvisa, além da certificação da agência chinesa.
Com os medicamentos, pelo menos 500 leitos poderão ser administrados durante um mês e meio. O Brasil vive uma escassez desses medicamentos. Mais uma crise com problemas de administração por parte do Ministério da Saúde.
A intubação de pacientes é o recurso mais extremo e invasivo para garantir a respiração de uma pessoa com covid-19. Para isso, é necessário que o paciente esteja sedado, já que o procedimento é muito incômodo e doloroso. Profissionais de Medicina têm relatado a necessidade de intubar pacientes sem esses medicamentos e precisando amarrar pessoas. É quase como uma tortura. Um desafio para evitar que mais uma pessoa entre para as estatísticas ainda imparáveis da pandemia no Brasil.
A expectativa é que, até o final deste mês, todos os insumos básicos para realizar e manter pacientes intubados sejam integralmente doados ao Ministério da Saúde. O Governo Federal será responsável pela distribuição aos estados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
(Da Redação Fato Regional, com informações da Vale)
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