Em pronunciamento nesta quinta-feira (10), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a vacina CoronaVac já está sendo produzida pelo Instituto Butantan, em pareceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já liberou o registro emergencial de vacinas, o que garante a permissão de aplicação na população mediante pedido de uso.
Além de São Paulo, 11 estados já negociam a compra do imunizante contra a covid-19: Acre, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima. Mais de 1 mil prefeituras já demonstraram interesse também na compra direta.
Inicialmente há 120 mil doses prontas da vacina. Foram importados insumos para produção de mais 1 milhão. Entre dezembro e janeiro, chegam mais 6 milhões de doses prontas e insumos para a produção de 40 milhões. São Paulo deve iniciar a campanha estadual de vacinação contra covid-19 a partir de 25 de janeiro de 2021.
João Doria afirmou que vai disponibilizar aos governos estaduais doses da vacina para imunização dos profissionais de saúde. Dimas Covas, presidente do Butantan, garantiu que se o Governo Federal investir, toda a produção deverá ser colocada à disposição do Programa Nacional de Imunização.
Por enquanto, o Governo Federal só investiu na vacina da farmacêutica AstraZaneca, desenvolvida em parceria com a universidade de Oxford e a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FioCruz). Foram R$ 2 bilhões investidos. Por brigas entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Doria, a iniciativa paulista tem sido desconsiderada pelo Governo Federal.
Os estudos completos para o registro emergencial junto à Anvisa devem ser entregues até o próximo dia 15. A avaliação da vacina é que é uma das de menor custo, maior confiabilidade (97%) e mais leves efeitos colaterais: apenas um pouco de dor no local da aplicação e sonolência.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)