A CPI da Covid-19 se reúne, oficialmente, pela primeira vez, nesta terça-feira (27). O objetivo da comissão parlamentar de inquérito é investigar o governo Jair Bolsonaro (sem partido) e a gestão da crise gerada pela pandemia de covid-19. E ainda, o repasse e aplicação de verbas federais de governos estaduais e prefeituras.
A primeira reunião começa às 10h. Com a instalação oficial, os membros da CPI vão apontar o presidente, o vice-presidente e o relator. A eleição do presidente e do vice-presidente, que é secreta, será restrita aos que comparecerem no local. A primeira reunião é semipresencial. Algumas atividades da comissão serão presenciais e outras a distância, enquanto durar a CPI
Por enquanto, até a noite desta segunda-feira (26), o único candidato já registrado para a presidência da comissão é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do requerimento que estendeu o foco de atuação da CPI para além de investigação apenas do Governo Federal. O senador Omar Aziz (PSD-AM) também deve concorrer ao cargo. As inscrições podem ser feitas até a hora da votação.
Acordo informal tenta emplacar Aziz como presidente
Caberá ao presidente eleito a escolha do relator da CPI, que dará o tom das investigações a partir do seu plano de trabalho. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem sido o nome mais cotado. Há um consenso, ainda informal, de que os parlamentares vão eleger Aziz, com a garantia de indicação de Renan.
Só que nesta segunda-feira (26), acatando um pedido da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) — uma das líderes da base governista e de apoio direto a Bolsonaro na Câmara dos Deputados —, a Justiça Federal concedeu uma decisão liminar que impede Renan Calheiros de assumir qualquer cargo decisório na CPI, incluindo a relatoria.
Na argumentação de Zambelli, Renan Calheiros seria suspeito por ser, declaradamente, crítico ao governo Jair Bolsonaro. O senador afirma que vai recorrer da decisão, que é de primeira instância, liminar e cabe recurso.
A única suspeição, que já foi admitida por Renan, foi se tiver de fazer qualquer manifestação sobre o governo do estado de Alagoas, pois o governador é filho dele.
(Da Redação Fato Regional, com informações da Agência Senado e Poder 360)
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