Era para ser em início de abril e de forma presencial. Mas a Covid-19 frustrou os planos. Veio a onda roxa do Governo Estadual e tudo mudou. Agora, é esperar outro momento, porém, o Atlético-MG agendará um dia para abrir as portas do clube no ponto de vista financeiro. É o “Galo Business Day”. A realidade financeira do Atlético, bem como as resoluções pensadas, serão apresentadas. Alguns números do balanço de 2020 também estarão disponíveis.
A informação do estouro da dívida do Galo foi dada pela Coluna do Jaeci, no jornal Estado de Minas. Ainda que o clube não adiante números oficialmente, o ge confirmou que a dívida de 2019, na casa dos R$ 746 milhões, aumentou em mais de R$ 300 milhões – também com os impactos do novo coronavírus. É o desafio enfrentado pela gestão Sérgio Coelho, numa bola de neve que atravessa décadas.
Foi uma iniciativa do presidente a ideia de jogar luz às finanças do Atlético, que promete trazer um balanço financeiro mais completo e claro do exercício de 2020. O departamento financeiro do clube ainda prepara a documentação para ser analisada pelos conselheiros. Por regra, o Galo precisa apreciar as contas de cada ano até o fim do quadrimestre do ano seguinte. Ou seja, é preciso ter uma reunião do Conselho Deliberativo até abril.
Porém, a onda roxa também afeta o planejamento para reunir conselheiros na votação do balanço. O órgão já teve encontros em 2020 por três vezes na pandemia: aprovação do balanço de 2019, votação do orçamento de 2021 e a eleição presidencial em dezembro. Todos no Clube Labareda, com medição de temperatura na entrada e distanciamento das cadeiras. Não há previsão de convocação para examinar o balanço do ano passado.
O “Galo Business Day” é visto internamente como um marco não só para o clube, mas para o futebol brasileiro. O Atlético quer andar no caminho da transparência de gestão, tendo consultorias como aliadas.
E o evento promete ser aberto, direcionado para a torcida, imprensa, patrocinadores e potenciais investidores no futuro, os chamados “grupos de interesse”, onde estão inseridos, também, os conselheiros que examinam, aprovam ou reprovam as contas. Nos últimos anos, apenas uma vez o balanço não foi aprovado de forma unânime.
Fonte: GE