O balanço da quarta fase da Operação Amazônia Viva foi concluído nesta terça-feira (13) e revela que mais de 20 mil hectares foram embargados pelos agentes e fiscais da Força Estadual de Combate ao Desmatamento. Embargar uma área significa que, na prática, ela está protegida por lei e com as atividades paralisadas no local, até que haja uma decisão judicial para liberação.
Além disso, as equipes integradas, compostas por policiais civis e militares, bombeiros, peritos e fiscais da Semas, destruíram 6 acampamentos e 6 serrarias clandestinas. Um garimpo ilegal foi interditado dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu. Quase mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos, assim como 37 motosserras, 26 armas de fogo e 14 veículos. No total, 13 pessoas foram presas.
As ações das equipes são divididas em seis frentes de trabalho, que abrangem 15 municípios. Desde que a operação teve início, no mês de julho deste ano, já foram embargados mais de 120 mil hectares, nos quais o desmatamento foi freado pelos agentes.
A somatória das quatro fases da operação também revela que mais de 4.400 metros cúbicos de madeira ilegal foram apreendidos, assim como 125 motosserras, 34 tratores e 75 armas de fogo. Também foram destruídos 24 acampamentos usados pelos desmatadores, 4 garimpos ilegais foram interditados e 30 pessoas foram presas.
“Nós mapeamos os pontos de incursão com base nas imagens via satélite, que nos permitem mapear áreas da floresta onde observamos o desmatamento. Por isso, nossos resultados são tão positivos”, comentou Rayrton Carneiro, diretor de Fiscalização da Semas.
A Operação Amazônia Viva faz parte do eixo de Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora, do Governo do Pará, com coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável no campo, por meio de ações que vão além da repressão, como o apoio aos produtores rurais e a regularização fundiária e ambiental. No caso da Amazônia Viva, a estratégia é manter as equipes de fiscalização de maneira constante em áreas consideradas pontos sensíveis, com base no monitoramento da floresta.
“O nosso objetivo é garantir a presença do Estado, em pontos nos quais os crimes ambientais acontecem com mais frequência. Dessa maneira, nós estamos mudando a cultura do desmatamento, aliando ações repressivas com as estratégias de desenvolvimento sustentável no campo””, ressaltou Mauro O` de Almeida, secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
A Operação Amazônia Viva é contínua e, por isso, já tem mais uma fase prevista para o início de novembro. “Estamos reformulando estratégias e mapeando novas áreas, para colocar nossas equipes em campo mais uma vez, sempre com o objetivo de impedir os crimes ambientais e preservar nossa floresta”, avalia Rayrton.