sábado, 23 de novembro de 2024

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BETS: Justiça de Pernambuco decreta prisão de Gusttavo Lima, no contexto da operação que prendeu Deolane Bezerra

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, que aponta uma possível conivência, cumplicidade ou mesmo atuação direta na fuga de dois dos investigados na operação 'Integration', que resultou na prisão de Deolane Bezerra e a mãe dela no dia 4 de setembro.
Gusttavo Lima - ou Nivaldo Batista - teria ajudado suspeitos a fugir da operação 'Integration', que investiga um esquema de lavagem de dinheiro usando plataformas de apostas online, as chamadas bets (Foto: Divulgação)

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor Gusttavo Lima — cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista. A decisão foi tomada no contexto da operação “Integration”, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo plataformas de apostas online (Bets). Essa investigação levou a influenciadora digital Deolane Bezerra à prisão. O motivo seria “conivência com foragidos”. As informações são do G1.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. No texto da decisão, ela cita uma possível cumplicidade de Gusttavo Lima com outros investigados. Supostamente, ele teria ajudado a “dar fuga” aos suspeitos, que foram vistos em fotos com ele na Grécia. O Ministério Público havia solicitado medidas “menos gravosas” que a prisão, mas a magistrada discorda.

“…no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública”, diz o texto da decisão da juíza do TJPE. “A conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, segue o texto. A magistrada ainda cita que a condição financeira do cantor não o exime de responsabilidade criminal.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima, ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.

A operação “Integration” foi deflagrada no dia 4 de setembro, resultando na prisão de Deolane e de outros investigados, incluindo a mãe dela. Na mesma data, entre as diligências da operação, foi apreendido, pela Polícia Civil de São Paulo, um avião que pertencia a uma empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções. A aeronave, prefixo PR-TEN, foi recolhida apreendida  durante uma manutenção no aeroporto de Jundiaí (SP).

“No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”, detalha a magistrada.

No dia seguinte à apreensão do avião, o cantor Gusttavo Lima usou as redes sociais para dizer que não tinha nada a ver com o avião apreendido durante a operação Integration. “O bebê não pode pegar uma semana de descanso! Estão dizendo aí que o meu avião foi preso, gente…Eu não tenho nada a ver com isso, me tira fora disso. Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia”, declarou.

(Da Redação do Fato Regional, com informações do G1)


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