quinta-feira, 28 de março de 2024

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Bolsonaro desrespeita população ao dizer que covid-19 é “frescura”, “mimimi” e que vai comprar vacina “na casa da tua mãe”

Em dois momentos desta quinta, Bolsonaro voltou a usar um tom raivoso e desrespeitoso ao se referir à pandemia e medidas sendo tomadas para conter a crise
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Nesta quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tirou o dia para usar a pandemia de covid-19 como pretexto para desrespeitar a população: governadores, prefeitos, todas as pessoas que tiveram ou estão com covid-19, pessoas que perderam familiares para a doença e pessoas que aguardam vacinas para voltar, finalmente, à normalidade e com segurança. Tudo com o tom agressivo que é incompatível com o cargo e com a postura de um líder, frente a uma crise humanitária de saúde pública e economia.

“Tem idiota nas redes sociais, na imprensa, ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo!”, declarou o presidente a apoiadores raivosos e negacionistas em Uberlândia (MG). O Governo Federal teve várias oportunidades de comprar vacinas de forma antecipada, como da Pfizer / BioNTech e da CoronaVac (Sinovac / Butantan). Mas não comprou e deixou tudo para a última hora, com fornecedores no limite da capacidade de produção.

Mais tarde, em uma cerimônia em Goiás — inauguração de um trecho ferroviário e um terminal —, Bolsonaro disse que as medidas que governadores adotaram para frear a segunda e mais agressiva onda da pandemia de covid-19 eram “mimimi” e “frescura”.


“Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos? Qual o futuro do Brasil? O efeito colateral do tratamento errado da covid, que eu venho falando há um ano, é muito mais danoso que o próprio vírus. Todos nós vamos sofrer se não tomarmos as medidas certas e com coragem”, disse, sem dizer que medidas eram essas desde que a crise da pandemia começou.

(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)