O presidente Jair Bolsonaro informou na última segunda-feira, 13, que havia entrado num acordo com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, no ano passado, para que o magistrado encerrasse o inquérito das fake news. Segundo o presidente, o acerto ocorreu após as manifestações de 7 de Setembro, quando ele divulgou uma “Declaração à Nação”.
“Eu assinei a carta. Eu me descapitalizei politicamente. Levei pancada para caramba em troca de um cumprimento do outro lado da linha. Coisa simples até, sobre esse inquérito que não tinha cabimento”, disse Bolsonaro.
No documento entregue pelo presidente, Bolsonaro sustentava a afirmação de não ter tido intenção de agredir “quaisquer dos Poderes” e também destacava que suas palavras teriam sido ditas no calor do momento. Questionado por jornalistas se o acerto encerrava o inquérito das fake news, Bolsonaro confirmou.
“Envolvia, sim. [Em] um ou dois meses, ia botar um ponto final. Lamentavelmente, do outro lado não veio nada. Lamentavelmente (…). Tínhamos o risco do Trovão voltar para cá, ser preso e o Brasil parar. Como vamos tratar o caso do Trovão? [Moraes disse] “Eu vou tratar dessa maneira”. Foi discutido ali. E nada foi cumprido. Nada, zero”, completou.
Zé Trovão teve a prisão decretada por Moraes, antes das manifestações ocorridas no dia 7 de Setembro do ano passado. O líder dos caminhoneiros foi acusado de incentivar e promover atos antidemocráticos e chegou a ficar foragido no México. A prisão de Zé Trovão foi revogada e atualmente ele está usando tornozeleira eletrônica.