domingo, 8 de dezembro de 2024

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Brasil avalia assinar documento sugerido pelos EUA sobre democracia e eleições, dizem fontes do governo

Tendência é de que o Brasil concorde com todas as sugestões feitas pelos norte-americanos
Jair Bolsonaro, atual presidente da República, se filiou em 30 de novembro de 2021 ao Partido Liberal (PL). Veja outros possíveis candidatos a presidente em 2022. Crédito: Alan Santos/PR

O governo brasileiro avalia ser signatário de um documento sugerido pelos Estados Unidos e que faz a defesa da democracia e de eleições livres. A ideia é que ele seja apresentado como uma espécie de declaração conjunta de todos os países que integram a Cúpula das Américas, que será realizada nos dias 9 e 10 de Junho em Los Angeles, relataram fontes do governo.

A tendência, segundo autoridades brasileiras, é de que o Brasil concorde com todos os termos do documento, cujos termos ainda estão em negociação e são mantidos em sigilo pela diplomacia dos dois países. Mas quem teve acesso a minuta afirma que sua ideia central é basicamente fazer a defesa da democracia.

Além deste tema, há outros documentos que os EUA submeteram aos demais países americanos para serem analisados no encontro, relacionados, por exemplo, a saúde, energia limpa, meio ambiente, práticas regulatórias e imigração. Assim como no tema Democracia e Eleições, a tendência é de que o Brasil concorde com todas as sugestões feitas pelos norte-americanos.

Mas, se nas negociações dos escalões diplomáticos a relação dos dois países tem fluido, a dos presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Joe Biden segue cercada de incertezas. Os norte-americanos esperam que Bolsonaro compareça na cúpula, ainda mais diante do anúncio de que presidentes de países grandes do continente, como do México, já terem avisado que não irão.

De acordo com diplomatas brasileiros, o receio de Washington é de que a cúpula, idealizada para marcar a retomada da liderança dos Estados Unidos sobre o continente após a era Donald Trump, acabe sendo um fiasco. Por isso, o desejo dos norte-americanos de que Bolsonaro compareça. O presidente brasileiro, contudo, ainda não confirmou a sua ida e a chance de declinar é alta, tendo em vista a prioridade na agenda nacional, em especial no seu projeto reeleitoral.


A diplomacia brasileira defende a ida de Bolsonaro ao evento, mas negocia com os americanos que uma eventual presença de Bolsonaro na Cúpula das Américas deva ter como contrapartida uma agenda bilateral dele com Biden. Ambos nunca se falaram e, principalmente, Biden, na avaliação de diplomatas brasileiros, nunca se preocupou em falar com Bolsonaro, ainda que pelo telefone.

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações da Agência Brasil