Brasil registrou queda de 6,3% nos homicídios dolosos em 2024, totalizando 35.365 contra 37.754 em 2023. Na média, houve 97 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) diários no Brasil no ano passado. Os dados fazem parte do Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgado nesta quarta-feira (11), pelo Governo Federal.
Essa queda reafirma que as políticas públicas estão no caminho certo para garantir mais segurança à população. Também obtivemos reduções importantes nos crimes patrimoniais, além da diminuição da violência letal por intervenção de agentes do Estado
“Essa queda reafirma que as políticas públicas estão no caminho certo para garantir mais segurança à população. Também obtivemos reduções importantes nos crimes patrimoniais, além da diminuição da violência letal por intervenção de agentes do Estado”, destacou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Desde 2020, há uma trajetória de queda contínua nos registros de homicídios dolosos, depois de o país atingir o maior número da série naquele ano, com 42.034 homicídios. Já em 2024, o recuo foi o mais significativo do período, de 6,3% (menos 2.389), totalizando uma queda acumulada de 16% em relação a 2020 (menos 6.669 homicídios).
No lançamento do levantamento, o ministro pontuou que o Governo Federal repassou, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, mais de R$ 2,4 bilhões, entre 2023 e 2024, para investimentos na melhoria da capacidade operacional de estados e municípios.
“Seguiremos avançando para construirmos juntos um Brasil mais seguro, mais justo e mais solidário e um Brasil onde a criminalidade não tenha mais vez”, frisou.
Regiões
A Região Norte apresentou a maior redução percentual, com queda de 16,44%, totalizando 4.249 homicídios dolosos em 2024. No Sudeste, foram 9.274 vítimas, o que representa uma queda de 4,17%. O Centro-Oeste registrou uma diminuição de 7,61%, com 2.369 casos, enquanto a Região Sul teve uma redução de 12,43%, contabilizando 3.451 homicídios dolosos. Já a Região Nordeste apresentou redução de 2,81% em relação ao ano anterior.
Outras reduções
Outro destaque do Mapa da Segurança Pública de 2025 é a queda de 1,65% nos registros de latrocínio (roubo seguido de morte), que somaram 956 casos no ano passado. Também diminuíram as mortes por intervenção policial: 6.134, contra 6.391 no período anterior. A queda é de 4%.
Apesar de o número de pessoas desaparecidas ter aumentado 3%, chegando a 80.333 em 2024, o número de pessoas localizadas também teve crescimento, de 6,4%, totalizando 54.665 localizados.
Patrimônio
Os crimes contra o patrimônio também apresentaram quedas. O roubo a instituições financeiras diminuiu 22,56%. O roubo de carga recuou 13,6%. O roubo de veículos caiu 6%, enquanto o furto de veículos teve redução de 2,64%.
Combate ao tráfico
O levantamento ainda apresentou resultados das políticas aplicadas no combate ao tráfico de drogas. As apreensões de maconha saltaram 9,93%, totalizando 1,4 mil toneladas. Isso equivale a 3,8 toneladas confiscadas diariamente. Esse volume é o maior dos últimos dois anos.
Feminicídio
O número de feminicídios permaneceu relativamente estável em 2024, registrando um leve aumento de 0,69% em relação ao ano anterior. Foram contabilizadas 1.459 vítimas, contra 1.449 em 2023. Isso indica que o aumento populacional feminino tem sido proporcional à variação no número absoluto de vítimas.
Pontos de atenção
Por outro lado, houve aumento de 7,47% nas tentativas de homicídio, totalizando 40.874 casos em 2023. Os casos de estupro no Brasil somaram 83.114 registros, alta de 1,1% em relação ao ano anterior.
Essas estatísticas oficiais de criminalidade exercem um papel essencial na compreensão do panorama da segurança pública no Brasil. Esse processo é indispensável para a construção de políticas públicas eficazes e fundamentadas em evidências.
Dados integrados
Durante a cerimônia de lançamento do Mapa da Segurança Pública de 2025, Lewandowski também celebrou o compartilhamento das bases de dados e de informações entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
“A partir de agora, os sistemas das duas corporações estão interligados ao nosso Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, que é o SINESP. É um instrumento de trabalho que já funciona muito bem e agora funcionará melhor ainda”, declarou.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Secom do Governo Federal)
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