quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Brasil tem recorde de famílias endividadas

Especialista dá dicas de como evitar que as dívidas comecem ou piorem. Confira!
Foto: Divulgação

Em agosto deste ano, o endividamento das famílias bateu novo recorde: a inadimplência é a maior registrada em 10 anos. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O relatório aponta que 26,7% das famílias brasileiras tinham contas em atraso no mês. Do total, 67,5% estavam endividadas.

Essa situação de endividamento dos brasileiros é uma das consequências da pandemia de covid-19, a doença provocada pelo coronavírus sars-cov-2. Grande parte da população teve suas receitas reduzidas ou totalmente perdidas.

A dor de cabeça de ficar no vermelho pode se arrastar por meses e se transformar em problemas mais graves se medidas efetivas, como um bom planejamento financeiro, por exemplo, não forem aplicadas. Isso acaba refletindo na saúde mental e no bem-estar de relacionamentos.

Para ajudar a reverter esse cenário, Carlos Terceiro, CEO e fundador da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, separou algumas dicas que podem ajudar a quitar as dívidas e a criar uma relação mais saudável com as finanças pessoais.

Anote tudo e planeje seu orçamento

“Um exemplo que sempre dou é o seguinte: um médico não prescreve um tratamento sem ter um diagnóstico do paciente. Com as finanças, a lógica é a mesma. O primeiro passo para tomar o controle da sua vida financeira é traçar um diagnóstico da sua situação atual”, diz Terceiro.

Para isso, é fundamental saber exatamente quanto se ganha e quanto se gasta por mês, anotando todos os ganhos e as despesas. Pode-se utilizar uma planilha, anotar no papel ou fazer uso de aplicativos como o Mobills. O importante é conseguir se organizar e criar este hábito com a ferramenta que você acha mais fácil.

Depois de ter o diagnóstico sobre a situação financeira em mãos, é importante limitar o orçamento. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. A partir dessa análise, é preciso separar uma quantia fixa para usar em gastos extras. Isso vai ajudar a evitar o consumo de itens desnecessários para o seu cotidiano.

Liste todas as suas dívidas e tente negociá-las

Enumere tudo que estiver com o pagamento atrasado: contas da casa, cartões de crédito, prestações, cheque especial e carnês. Para cada item da lista, coloque o valor de pagamento mensal, a taxa de juros e o total devido. A renegociação também é essencial para que se possa melhorar a vida financeira.

“Fizemos em julho uma pesquisa com mais de 1,5 mil usuários da Mobills. Percebemos que 51,2% dos respondentes não chegou a negociar nenhum pagamento de suas despesas. Para negociar um pagamento, a dica é ser o mais cordial possível com o credor. O contato pessoalmente, geralmente, resulta em uma negociação melhor, mas para evitar sair de casa, a conversa por telefone é uma opção” explica Terceiro.

Pague as dívidas com juros mais alto primeiro

Dívidas com juros mais altos devem ser sua prioridade. Afinal, são elas que estão levando a pessoa a se endividar cada vez mais, causando o famoso efeito bola de neve. Quanto maiores forem os juros, maior será a dívida. Por isso, é preciso elaborar uma lista das dívidas em ordem decrescente da taxa de juros e ver as de maior taxa para tentar saná-las primeiro.

Analise a possibilidade de pegar um empréstimo

“Ainda que recorrer a empréstimos não seja algo agradável, em certas situações pode valer a pena escolher essa alternativa para resolver o problema. As dívidas de cartão de crédito e cheque especial têm os encargos mais caros do mercado. A maioria dos empréstimos oferece juros menores do que os das dívidas. Por isso, é importante avaliar se faz sentido mudar de dívida para pagar menos e, às vezes, até mais rápido”, observa o CEO da Mobills.

Evite parcelar


“Se você está focado em sair do vermelho, evite as compras parceladas. Elas contribuem para o aumento do seu endividamento. Quando você compra parcelado, tem a falsa impressão de que gastou pouco porque não viu o dinheiro efetivamente sair do seu bolso”, conclui Terceiro.

(Fonte: Mobills, com edição da Redação Fato Regional)