O cacau produzido em Tucumã e São Félix do Xingu, no sul do Pará, iniciou o mês de outubro de 2025 em forte alta. O fruto, um dos mais valorizados do país, tem superado as principais cotações nacionais e reafirma o protagonismo do estado na produção de cacau.
Nesta quinta-feira (9), a Cooperativa Mista Agropecuária de Tucumã (Coopertuc) fechou a cotação do cacau em R$ 23,00 o quilo, enquanto a Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (Camppax), em São Félix do Xingu, comercializou o produto a R$ 20,00 o quilo.
Segundo o site Mercado do Cacau, as cotações variam conforme a região e a unidade de medida. Nesta segunda-feira (7), o preço na Bahia estava em R$ 325,00 a arroba, no Espírito Santo a R$ 1.300,00 a saca, e no Pará, a R$ 24,00 o quilo.

Destaque nacional
O Pará é atualmente o maior produtor de cacau do Brasil, responsável por uma parcela expressiva da produção nacional e destaque pela alta produtividade das lavouras.
O cultivo é impulsionado por políticas de incentivo e pelo trabalho de pequenos produtores e comunidades tradicionais, que utilizam sistemas agroflorestais — modelo que alia restauração florestal à geração de renda.
Especialistas destacam que, no Pará, a produção é majoritariamente realizada por agricultores familiares em sistemas sustentáveis, o que garante qualidade, preservação ambiental e competitividade.
A produtividade paraense supera a média nacional, consolidando o estado como referência no Brasil. O cacau nativo de árvores seculares confere sabor singular ao produto e tem transformado o Pará em um novo terroir brasileiro para chocolates finos.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) atua no fortalecimento da cadeia produtiva, apoiando o beneficiamento primário e o aperfeiçoamento da qualidade das amêndoas, para agregar valor e ampliar o alcance do cacau paraense no mercado nacional.

(CLEIDE MAGALHÃES, da Redação do Fato Regional).
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