sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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‘Cale sua boca’: Eliziane Gama e Eder Mauro discutem aos gritos no primeiro depoimento da CPI do 8 de Janeiro

O deputado paraense e a senadora começaram divergindo sobre as respostas do ex-diretor-geral da PRF, o primeiro convocado como testemunha. O parlamentar não faz parte da CPMI.
O presidente da CPMI, Arthur Maia, precisou paralisar a sessão para tentar acalmar a senadora Eliziane Gama e o deputado Éder Mauro. (Foto: Reprodução / YouTube da Câmara dos Deputados)

O deputado federal Éder Mauro (PL-PA) e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) discutiram, na manhã desta terça-feira (20), durante a oitiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, a primeira testemunha convocada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos do dia 8 de Janeiro. Os dois parlamentares subiram o tom e trocaram ofensas ao divergirem sobre as respostas do convocado.

Eliziane Gama é a relatora da CPMI e por isso a primeira a questionar Silvinei. Na mesma sala da oitiva, estava o deputado Éder Mauro, que não faz parte da comissão. A senadora insistiu em questionamentos sobre condenações sofridas pelo ex-diretor-geral da PRF, que estava dando respostas que a parlamentar considerava evasivas. Diante da insistência da relatora, Eder Mauro começou a interromper a inquirição. Em determinado momento, o deputado paraense mandou a senadora “calar a boca”.

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“Cale a boca você! Cale sua boca”, retrucou Eliziane Gama. A discussão acabou gerando tanta confusão que a sessão foi suspensa por 10 minutos pelo presidente da CPMI, senador Arthur Maia (União-BA). Mesmo após a retomada, o presidente da comissão precisou chamar atenção do deputado Eder Mauro novamente. “Não vamos aceitar essa balbúrdia e esse nível de desinteligência!”, alertou Arthur Maia.


Foram aprovadas as convocações do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias; do ex-diretor-adjunto da Agência Brasília de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha; e do coronel Jean Lawand Júnior — que interagiu sobre um possível golpe de estado com o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), coronel Mauro Cid.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)