sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Câncer de pênis está associado à falta de higiene

Doença acomete 2% dos homens e costuma estar em classes sociais mais pobre, apesar de a falta de higiene não ser específica de pessoas pobres

Câncer de pênis é outra doença alvo da campanha Novembro Azul (mais conhecida pelo câncer de próstata). Não é uma doença muito comum, afetando apenas cerca de 2% dos homens. Mas não deixa de ser uma doença preocupante, que pode levar à perda definitiva do membro. A principal causa é a falta de higiene. Por isso, costuma estar associada a pessoas mais pobres. O alerta é do Hospital Ophir Loyola, uma referência em câncer no Pará.

O chefe da Urologia do HOL, Ricardo Tuma, recomenda limpeza diária do pênis com água e sabonete. E várias vezes ao dia, para evitar o acúmulo de secreções, que podem causar a proliferação de bactérias e infecções.

Geralmente, explica o médico, o homem só vai ao médico quando se incomoda uma lesão, bolha ou secreção com mau cheiro. O pré-diagnóstico vem com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Caso haja a suspeita de câncer, é necessário fazer a biópsia, exame que retira uma pequena parte de tecido para análise.

“O homem produz uma secreção sebácea no pênis chamada esmegma. O acúmulo em volta do órgão é fator de predisposição para tumores. Além deste, homens que não realizaram a circuncisão, cirurgia para remoção da pele que reveste a cabeça do pênis, também estão mais propensos a ter a doença. Por isso, é imprescindível que seja realizada a limpeza da genital de forma adequada e que este ato seja ensinado desde a infância” – Ricardo Tuma, médico urologista.

A doença também tem relação com Vírus do Papiloma Humano (HPV). O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que o HPV está presente em mais de 90% dos casos de câncer de pênis ou de vagina, pois é um vírus que atinge a região genital de ambos os sexos.

Atualmente, o Hospital Ophir Loyola recebe em média de 3 a 5 pacientes por mês com casos de cancro peniano. O tratamento depende da extensão da doença. A cirurgia é a opção mais comum no tratamento do câncer de pênis, a radioterapia e quimioterapia também são uma opção.


É importante que o diagnóstico seja realizado o mais breve possível, para evitar que a doença se espalhe e que haja a necessidade de amputação total do órgão genital, o que causa sequelas físicas, além de consequências psicológicas e sexuais.

(Da Redação Regional, com informações do Hospital Ophir Loyola)