Casal tem prisão preventiva decretada por latrocínio em Tucumã; dupla já era investigada por outro crime brutal em Xinguara

Mandados foram cumpridos em Marabá; Wanderson e Gigliolla são apontados pela morte do casal Júlio César e Vera Regina, em Tucumã, e também respondem pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver de Victor Augusto da Rocha Arnaud, em Xinguara.
Júlio César e Vera Regina, vítimas do latrocínio em Tucumã, e o casal investigado pelo crime, Wanderson e Gigliolla, que teve a prisão preventiva decretada. (Imagens: Redes Sociais)

A Polícia Civil do Pará cumpriu, na manhã desta terça-feira (25), mandados de prisão preventiva contra Wanderson Silva de Sousa e Gigliolla Sena Silva, investigados pelo crime de latrocínio que chocou o município de Tucumã, sul do Pará, no último mês de outubro.

O cumprimento das ordens judiciais ocorreu em unidades prisionais de Marabá, sudeste do Pará, onde ambos já estavam detidos por outro crime semelhante praticado em Xinguara, sul do estado.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Tucumã. A ação foi conduzida pela Delegacia de Polícia Civil de Tucumã, com apoio da 14ª da Superintendência Regional do Alto Xingu (Risp), e contou com atuação integrada das unidades policiais de Ourilândia e Xinguara.

Latrocínio em Tucumã: crime desvendado em 15 dias

Wanderson e Gigliolla são apontados como responsáveis pela morte de Júlio César da Silva, de 62 anos, e Vera Regina da Silva, de 64 anos, irmãos tradicionais e reconhecidos na comunidade por mais de quatro décadas de atuação nas áreas de Saúde e Educação.

As vítimas foram encontradas no dia 15 de outubro, dentro da própria residência, em Tucumã. Os corpos estavam sobre a cama, cobertos por lençóis, em avançado estado de decomposição. O laudo apontou que ambos foram mortos a facadas, e os celulares das vítimas foram levados.

A ausência de sinais de arrombamento indicava que o crime teria sido cometido por alguém com acesso à casa. Segundo a Polícia Civil, a mãe da acusada tinha forte proximidade com a família, especialmente com Vera, e o casal possuía inclusive registro fotográfico dos irmãos feito no dia do aniversário de um deles.

Segundo o delegado Rafael Machado, da Delegacia da PC de Tucumã, a autoria foi descoberta em apenas 15 dias. “Ainda aguardávamos as autorizações judiciais, as medidas cautelares, quebra de sigilo, para comprovar formalmente que foram eles. A prisão preventiva foi pedida e deferida”, explicou.

As prisões foram formalizadas dentro das unidades Casa de Prisão Provisória (CPP) Marabá e Unidade de Custódia e Reinserção Feminina  (UCRF) de Marabá, onde os investigados seguem custodiados.

Victor Arnaud, encontrado morto em Xinguara, e o casal Wanderson e Gigliolla, preso e investigado pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. (Imagens: Redes Sociais)

Outros crimes: latrocínio e ocultação de cadáver em Xinguara

Antes da decisão judicial relativa ao caso de Tucumã, Wanderson e Gigliolla já estavam presos por suspeita de envolvimento no latrocínio e ocultação de cadáver do empresário Victor Augusto da Rocha Arnaud, ocorrido em Xinguara.

O corpo da vítima foi encontrado pela Polícia Civil no dia 13 de novembro, enterrado dentro de sua própria residência, encerrando quase duas semanas de buscas.

Victor estava desaparecido desde 30 de outubro, e, segundo as investigações conduzidas pelo delegado Max Muller, foi morto a facadas. O corpo teria sido enterrado no dia 7 de novembro.

A investigação apontou ainda que o veículo do empresário foi localizado no Maranhão, o que levou à prisão de Gigliolla, ex-companheira de Victor e mãe da filha de cinco anos que o casal tinha em comum.

Mensagens consideradas atípicas enviadas pelo celular da vítima e uma tentativa de extorsão a um amigo reforçaram as suspeitas.

O caso gerou grande comoção em Xinguara, mobilizando familiares, amigos e autoridades até a confirmação da morte.

Prisões mantidas e investigações integradas

Com a nova decisão judicial, Wanderson e Gigliolla seguem presos de forma preventiva e responderão pelos dois crimes de latrocínio.

As investigações das delegacias de Tucumã, Ourilândia e Xinguara permanecem alinhadas para o avanço dos inquéritos.

O Fato Regional publica apenas informações oficiais fornecidas por órgãos públicos e autoridades policiais, com base em registros formais de ocorrência.

Garantimos o direito de resposta a todos os citados, respeitando o princípio da presunção de inocência.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Polícia Civil de Tucumã)

 

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