Caso do empresário de Xinguara: “Ela o viu enterrar o corpo; ele indicou o local, mas não admitiu o homicídio”, diz delegado

Casal acusado admite apenas a ocultação; polícia aponta que o crime pode ter sido cometido com golpes de faca. Laudo deve sair nesta sexta (14).
Empresário Victor Arnaud ao lado do casal apontado como responsável pelo latrocínio.(Fotos: redes Sociais)

Permanece preso na Delegacia de Polícia Civil de Xinguara, no sul do Pará, o casal acusado pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) do empresário Victor Augusto da Rocha Arnaud. Segundo o delegado Max Muller, responsável pela investigação, os suspeitos confessaram apenas a localização do corpo.

“Ela afirma que o viu (companheiro) enterrando o corpo. Ele afirmou onde estaria o corpo, mas não disse que matou”, afirmou o delegado.

A Polícia Civil encontrou o corpo na tarde desta quinta-feira (13), enterrado dentro da residência da própria vítima, encerrando dias de angústia e buscas intensas que mobilizaram familiares, amigos e autoridades locais.

Ainda de acordo com o delegado, Victor estava desaparecido desde o dia 30 de outubro, e o principal acusado teria enterrado o corpo no dia 7 de novembro.

“O corpo já estava em decomposição e, nesta quinta-feira, foi encaminhado para perícia em Marabá. Talvez o laudo saia hoje e, certamente, o crime ocorreu por facada”, informou Muller.

O delegado explicou ainda que o casal — Gigliolla Silva de Sousa e Wanderson Silva de Sousa — permanecerá preso e responderá pelo crime de latrocínio.

“O caso já está em conclusão. Eles estão em prisão temporária, mas vamos representar pela conversão em preventiva junto à Justiça”, destacou.

Victor Arnaud desapareceu após sair de casa dirigindo seu carro e deixar de atender às ligações da família. A filha mais velha foi a primeira a perceber a situação incomum, ao notar que o pai passou a enviar mensagens consideradas atípicas.

A suspeita inicial de sequestro surgiu quando um amigo do empresário recebeu uma mensagem pedindo dinheiro, supostamente para organizar uma festa de aniversário.

O caso tomou novos rumos após o veículo do empresário ser localizado no estado do Maranhão, o que levou à prisão de sua ex-companheira, Gigliolla, apontada como suspeita de envolvimento no desaparecimento. Ela e Victor tinham uma filha de cinco anos, que permanece sob os cuidados da família materna.

A notícia abalou a população de Xinguara, que acompanhava com grande expectativa o desfecho das buscas.

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(Da Redação do Fato Regional)

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