sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Casos de escalpelamento quase dobram no Pará em 2019

Vítimas têm couro cabeludo arrancado por motores expostos em embarcações. Dado alarmante indica os riscos que mulheres ribeirinhas sofrem pela falta de fiscalização e informação na segurança nos barcos.

O Pará registrou um trágico aumento nos casos de um acidente que ocorre nos rios, em pequenas embarcações, atinge principalmente mulheres, e pode matar: o escalpelamento. Em relação ao ano passado, os registros quase dobraram no estado.

Em 2019, foram 12 casos de escalpelamento, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), cinco a mais que no ano passado. O caso mais recente aconteceu em Oriximiná, no oeste do estado. A vítima foi trazida para Belém.O estado de saúde da criança, de sete anos, é estável. Katléia Melo de Andrade veio transferida de Santarém para Belém e está internada, desde quarta-feira (25), na Santa Casa.

A falta de fiscalização e de informação põem muitas vidas em risco nos rios. O motor da embarcação gira muito rápido e, sem a proteção obrigatória, é capaz de arrancar o couro cabeludo das vítimas em menos de um segundo. Foi o que aconteceu com a Katléia, em Oriximiná, na última segunda-feira (23). Ela viajava com a família.

A história triste comoveu Érik Bastos. Ele tinha os cabelos longos e nesta quinta-feira (26) decidiu fazer uma doação para a ONG que ajuda as vítimas de escalpelamento. “Alguém, vai utilizar e vai ser muito bem utilizado. Isso pra mim já é a melhor coisa”, diz.

Os cabelos foram destinados à ONG Orvam, que atende mulheres vítimas do acidente. “Eu já tinha 22 anos quando eu sofri o acidente. Imagina para uma criança, que nem vai saber como seria os seus cabelos. A Orvam tenta levantar a autoestima das pessoas que passam por isso”, diz Regina Formigosa, voluntária da Orvam.

Fonte: G1 Pará