A Defesa Civil entrega até este domingo (31) cerca de 800 cestas básicas à população impactada – 400 para cada cidade -entre as famílias atingidas pelas fortes enchentes desta semana nos municípios de São Domingos do Capim (no nordeste do Estado) e Paragominas (no sudeste paraense).
Ao todo, são 336 pessoas desabrigadas (que precisam de apoio do poder público para serem acolhidas, pois estão sem teto) e outras 1.360 desalojadas (foram retiradas de suas casas mas têm onde ficar), entre os 9.482 moradores de São Domingos e Paragominas afetados diretamente pelas cheias e chuvas. A situação mais grave é em São Domingos, onde 5,6 mil foram afetados.
A doação é uma das medidas definidas pelo Governo do Estado e outros órgãos responsáveis para auxiliar os moradores e reduzir os prejuízos causados pelos desastres. Em São Domingos do Capim, a entrega foi iniciada na sexta (29), no ginásio municipal Anderson Luiz.
A distribuição é realizada durante todo este fim de semana, confirma o subtenente Márcio Alberto da Silva, representante da Defesa Civil estadual que atua na cidade. “Na sexta foram entregues 100 cestas. Neste sábado e no domingo distribuímos o restante. Foi feito um cadastro para identificar as pessoas que realmente sofreram com o desastre e precisam da ajuda”, enfatizou.
Paragominas também iniciou na sexta-feira (29) a distribuição dos alimentos. Foram entregues 39 cestas básicas na União Municipal das Associações dos Moradores de Paragominas (Umamp), para ajudar moradores da região de Vila Cabral e bairro Angelim. A distribuição continuará nos próximos dias, em lugares ainda a serem definidos, confirma o capitão Marcelo Santos, da Defesa Civil do Pará.
BALANÇO
Em dados atualizados, 252 pessoas seguem desabrigadas em São Domingos do Capim e outras 1.061 estão desalojadas. A inundação impactou 5.682 habitantes. Em Paragominas, 84 moradores estão desabrigados, 299 desalojados e 3.800 foram diretamente afetados com as enchentes, nas áreas rural e urbana.
Segundo define a Defesa Civil, conforme parâmetros para atuação de estudos de riscos e medicina de desastres, o desalojado é quem foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua casa, seja por evacuações preventivas ou por destruição e avarias graves, decorrentes de desastre – mas que não necessariamente precisa de abrigo provido pelo sistema de defesa civil e do poder público.
O desabrigado é aquele desalojado ou família cuja habitação foi afetada por dano – ou ameaça de dano – e que exige fornecimento de abrigo por parte do governo.
DOAÇÕES
Os moradores dessas cidades continuam recebendo doações. Além de alimentos, as maiores necessidades no momento são materiais de limpeza, higiene pessoal, toalhas e roupas de cama.
Em São Domingos do Capim, as doações são recebidas na Secretaria Municipal de Assistência Social, no ginásio municipal e no Clube das Mães. Quem está em Belém também pode doar. Basta deixar os itens no posto da Cruz Vermelha, no Parque Shopping, e na sede da entidade localizada na travessa Barão do Triunfo (Passagem Nossa Senhora das Graças, n º58) ou na Rádio Marajoara.
Os moradores de Castanhal podem contribuir entregando os mantimentos na Nevoly Telecon e Platanus Recepções (na rua Major Wilson). Para realizar doações em Paragominas, é preciso procurar a Secretária de Assistência Social no município.
DOCUMENTOS
A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) esteve nas cidades atingidas entre os dias 24 e 28, realizando atendimento integrado com os órgãos das esferas municipal e federal, para avaliação da necessidade de emissão de documentação e concessão de benefício eventual.
Em São Domingos do Capim, já foram realizados 196 atendimentos, 175 emissões de certidão de nascimento e 39 encaminhamentos. Além disso, os técnicos da Seaster contribuíram no cadastro das famílias atingidas, no intuito de cooperar com o levantamento de dados feito pela Defesa Civil, para a viabilização do benefício eventual.
TRANSPORTES E HABITAÇÃO
A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) também segue trabalhando para reparar os danos das enchentes. Esta semana, foi concluído o reparo de um ponto crítico no quilômetro 29 da PA-256, na Vila Pequeno, em Paragominas – onde houve rompimento da cabeceira da ponte.
Em outro trecho, ainda em obras, ocorre a fase de implantação das vigas da ponte que está sendo construída no local. A obra começou por um lado da pista para garantir o tráfego de veículos.
A Setran construiu também uma passarela para pedestres no local. Os trabalhos devem durar 45 dias.
A Companhia de Habitação do Estado do Pará vai disponibilizar o cheque moradia para as famílias que ainda tiverem condições de construir e reformar suas casas, depois que o alagamento passar.
Fonte: OLIBERAL.COM
